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sábado, 3 de dezembro de 2016

ESTUDANTES BRASILEIROS E ESTRANGEIROS FAZEM IMERSÃO CULTURAL NO SERTÃO DO PIAUÍ.


Grupo teve experiência de um mês em comunidades sertanejas.
Jovens também desenvolveram projetos sociais junto com os moradores.

Do G1 PI

Grupo participando da construção de uma cisterna, no Povoado "Ninho do Pato", região de Acauã. (Foto: Stefany Gelak/ Arquivo Pessoal)Grupo participando da construção de cisterna (Foto: Stefany Gelak/ Arquivo Pessoal)
Um grupo de 12 estudantes brasileiros e estrangeiros, viveu um mês de imersão cultural e trabalho voluntário no sertão do Piauí. Os jovens, com idades entre 20 e 35 anos, fazem parte de uma escola de desenvolvimento comunitário localizada em Curitiba, Sul do país, e estavam desde o final de outubro em Acauã, Sul do estado.
Para o grupo, a vida no sertão foi uma verdadeira aventura, repleta de desafios e privações, mas também de muita emoção e aprendizados. É o que diz o publicitário capixaba Raphael Boamorte, 26 anos, que já viajou por vários países, mas ficou surpreso com a diversidade cultural do sertão piauiense.
O capixaba Raphael Boamorte em visita ao Povoado "Batemaré", região de Acauã-PI. (Foto: Raphael Boamorte/ Arquivo Pessoal)Raphael Boamorte em visita ao povoado Batemaré
 (Foto: Raphael Boamorte/ Arquivo Pessoal)
“Às vezes buscamos ir longe daqui, conhecer novas culturas e costumes, quando bem do nosso lado há toda essa diversidade. Me chocou ver como pessoas vivem com tão pouco. Encontrei famílias de 11 pessoas que vivem com uma renda inferior a R$ 300. Mas aprendei muito com tudo isso. Essas pessoas, apesar de toda dificuldade, sem dúvida, são a melhor parte do sertão. Cada abraço apertado que recebi, cada experiência foram únicos", contou.
Dentre os desafios, o calor foi o mais relatado pelo grupo. A biotecnóloga tailandesa Yuwarin IngRaw, 33 anos, disse que apesar de morar em um país de clima tropical, nunca se deparou com temperaturas tão altas.

“O clima é muito quente. Eu nunca estive em um lugar tão quente como esse. E a dificuldade em achar água em pequenas comunidades me deixou ainda mais chocada, pois eu via as necessidades das pessoas nesse clima”, relatou.
Os estudantes foram recebidos por organizações não-governamentais que já realizam trabalhos de desenvolvimento comunitário na região de Acauã, e foram por elas encaminhados a alguns povoados da região, onde puderam ajudar de alguma forma, através de atividades comunitárias, como oficinas de alvenaria, construção de cisternas e aulas de artesanato.
O grupo se despede do Sertão, mas leva na memória as imagens de um local que, segundo eles, é cheio de riquezas, principalmente a sua gente. Para a administradora paraense, Stefany Gelak, a experiência foi tão marcante que ela resolveu retornar em 2017, mas desta vez para morar em Acauã.
“É um povo apaixonante que tem muito a ensinar. Com a minha profissão vou poder ajudá-los de alguma forma através das Ongs que já atuam por lá. A educação lá é bem fraca e vou poder ajudar nisso também. Quero ver o sertão mais desenvolvido e com menos desigualdade social”, disse.

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