Substância tem potencial para quebrar resistência de superbactérias
Por Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil Brasília
Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e desenvolvida pelo Instituto de Patologia e Medicina Tropical da Universidade Federal de Goiás (UFG) poderá criar alternativas de tratamento da tuberculose, a partir dos venenos do escorpião e das vespas. O veneno desses insetos (artrópodes) contém pedados de proteína, chamados de peptídeos, que têm ação antimicrobiana.
Esses peptídeos protegem vespas e escorpiões de contágios, porque se fixam na parede das bactérias e não permitem que haja troca de nutrientes com o meio externo e, assim, provocam a morte das bactérias. Os cientistas da UFG conseguiram modificar a proteína, aplicar em testes com camundongos para verificar o efeito sobre diversas doenças. Eles colheram bons resultados contra a tuberculose.
“Não tem como a bactéria montar um mecanismo de resistência”, assinala Ana Paula Junqueira Kipnis, coordenadora do projeto e professora do Instituto de Patologia e Medicina Tropical.