O debate sobre irregularidades em áreas de passeio é antigo e sintomático do processo de ocupação urbana de Fortaleza. A questão afeta, principalmente, pessoas com deficiência, com filhos pequenos, idosos e grávidas
Fonte:DN/metro@verdesmares.com.br
A falta de sinais sonoros, pisos táteis e rampas prejudica pessoas cegasFOTO: KID JUNIOR
Transitar pelas calçadas de Fortaleza muitas vezes não é uma tarefa fácil, principalmente pela falta de padronização. Fatores como desnivelamento, obstruções e a falta de pisos táteis e antiderrapantes causam riscos que atingem toda a população. Contudo, pessoas com deficiência, idosos, mulheres grávidas e pessoas com filhos pequenos acabam sendo os mais prejudicados.
Assim como a professora de italiano Rebeca Barroso, de 29 anos, que é cega e usa bengala como auxílio na hora de se locomover. No trajeto diário até o trabalho, ela enfrenta uma série de dificuldades, desde o transporte público até o caminho que faz a pé. "Não tem vias para a gente andar, quase nenhum lugar da cidade tem sinal sonoro, nas calçadas - quando são planas - as pessoas colocam lixo, são esburacadas ou têm carrinhos de lanche pelo meio", lamenta.