Paula Adamo Idoeta
"Pessoal, vou utilizar o grupo agora para uma informação de utilidade pública. Fiquem atentos com as escolas onde seus filhos estudam pois está circulando uma brincadeira aberrante onde já houve crianças com fratura craniana e leva a graves sequelas ou a morte", diz mensagem que se tornou viral, nos últimos dias, em grupos de WhatsApp de famílias e escolas.
Junto com a mensagem vem um (ou mais de um) vídeo mostrando três adolescentes, um ao lado do outro, fazendo o que é apontado como o mais recente "desafio" circulando entre jovens: quando o adolescente do meio dá um salto, os dois das pontas lhe passam uma rasteira, fazendo com que caiam de costas ou de cabeça no chão.
No entanto, como de costume em debates sobre "febres" da internet — como já ocorreu com a "momo" e com o chamado "desafio da baleia azul" —, os compartilhamentos sobre o "desafio da rasteira" misturam fatos (e riscos) reais com uma dose de desinformação e pânico.
A seguir, a BBC News Brasil destrincha o que há de concreto no caso, ouve especialistas sobre como conversar a respeito com os filhos e explica por que o pânico dos pais pode, sem querer, agravar o problema, em vez de mitigá-lo.
O caso do colégio Santo Tomás Aquino
O vídeo que tem acompanhado a mensagem viral no WhatsApp mostra três estudantes falantes de língua espanhola usando uniformes de um colégio chamado Santo Tomás Aquino.