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segunda-feira, 23 de abril de 2018

COMO UM TROPEIRO DO SÉCULO 18 ESPALHOU MUTAÇÃO GENÉTICA RARA QUE CAUSA CÂNCER NO BRASIL.

Camilla Costa - @_camillacosta

Família de Vânia NascimentoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionAvós de Vânia Nascimento (centro da foto) tiveram dez filhos, mas perderam oito para o câncer
Maria Isabel Achatz ainda estava na faculdade de Medicina, em São Paulo, no final dos anos 1990, quando encontrou a paciente que mudaria sua carreira e sua vida para sempre. Era uma mulher que havia tido câncer seis vezes - em todas elas, tumores primários, ou seja, independentes um do outro.
"Naquela época ainda não podíamos consultar a internet, então fui na biblioteca da universidade, comprei um artigo científico e tive que esperar um mês para que ele chegasse", relembra.
"Falei com meus orientadores que achava que era um caso de Síndrome de Li-Fraumeni, e eles me disseram: 'Isabel, só tem 200 casos dessa doença no mundo. Você acha realmente que viu um deles aqui?'. E eu respondi: 'Acho, sim'."
O mistério da paciente não foi resolvido, porque a estudante deixou de atendê-la. Mas, por causa da suspeita, ela descobriu, anos depois, uma mutação genética que tornou a doença, considerada rara, mais comum no Sul e no Sudeste do Brasil do que em qualquer lugar do mundo.
"No meu primeiro ano trabalhando do A.C. Camargo Cancer Center (Hospital do Câncer em São Paulo) eu vi 35 pacientes que diagnostiquei com a síndrome. As pessoas diziam que eu estava louca, mas percebi que havia algo de diferente ali."
A descoberta também uniu famílias de diversas cidades em torno de um surpreendente ancestral comum: um tropeiro do século 18.

Guardião do genoma

A Síndrome de Li-Fraumeni é uma série de tipos de câncer causados pela mutação no TP53, considerado um "guardião do genoma".
"Quando as células se dividem e ocorre um erro, o organismo tem que corrigir esse erro para que a célula não fique alterada ou provocar a morte desta célula. O câncer ocorre quando o organismo não consegue fazer nenhuma das duas coisas, e as células danificadas se proliferam desordenadamente", explica a oncogeneticista Maria Nirvana Formiga, atual líder do departamento de oncogenética do A.C. Camargo.
O TP53 executa várias funções no ciclo celular e tenta impedir justamente que as células que têm erros se proliferem, dando origem a tumores. Uma mutação nele compromete essa característica. E basta que um dos pais tenha a mudança para que ela seja passada adiante.
"Uma pessoa com Li-Fraumeni basicamente tem uma chance bem superior de desenvolver câncer em determinadas partes do corpo, mais do que a população em geral", diz Formiga.

JUSTIÇA DETERMINA QUE O INSS INCLUA TRABALHO EXERCIDO AINDA NA INFÂNCIA.

Edição do dia 23/04/2018

TRF-4 considerou que negar reconhecimento é punir duas vezes crianças que, em muitas situações, trabalham para sobreviver.

Fonte:G1/JN

Uma decisão da Justiça Federal no Rio Grande do Sul tornou possível que brasileiros que começaram a trabalhar ainda na infância tenham esse período de serviço reconhecido na hora de se aposentar.
A Mariah já trabalha há oito anos. Com o consentimento da Justiça e o acompanhamento da mãe, ela é modelo e atriz. “Eu vou lá, eu me divirto, eu conheço pessoas, eu vejo outras coisas que eu não veria se eu não fizesse isso”, conta Mariah Padoin, de 12 anos.
Só que, como ainda não tem 16 anos de idade, esse o tempo de serviço não era reconhecido pela Previdência. “Nós quando trabalhamos e pagamos nossos impostos, a gente tem algum benefício. A criança, enfim, o adolescente que está fazendo o seu trabalho não recebe nada”, afirma Fernanda Padoin, mãe da Mariah.
Por causa de situações como a da Mariah, o Ministério Público Federal entrou na Justiça contra o INSS. O objetivo é garantir que as crianças tenham os mesmos direitos dos adultos na hora de comprovar o tempo de contribuição.

VAQUEIRAS GANHAM MAIS ESPAÇO EM VAQUEJADAS NO CEARÁ.

Tradicionalmente praticado por homens, o esporte ganha adesão de mulheres - mesmo que a contragosto

 por Nícolas Paulino - Repórter/VIA/CIDADE
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Na 2ª Vaquejada do Complexo Franskim Pedro, que ocorreu nesse fim de semana, 10% dos participantes, como Thaynar, eram mulheres ( Foto: Kleber A. Gonçalves )
Sob as pernas, um amontoado de músculos e pelos de meia tonelada respira forte, ansioso pela corrida. Nos fundos da arena, uma portinhola se abre liberando as rápidas pernadas bovinas. As esporas das botas atiçam, na pele dos cavalos, a perseguição na terra fofa permeada de sulcos deixados pelas ferraduras. À frente, duas linhas brancas de cal se aproximam: é tempo de agarrar a cauda do bicho e tentar projetá-lo ao chão. Dos alto-falantes, um "Valeu boi" ou "Zero" marcam a performance do montador - ou da montadora, figura que tem se tornado mais comuns em campeonatos amadores e profissionais de vaquejada.
A força do braço para derrubar o boi - cultivado com muita malhação - em nada deixa a dever a um homem, diz a vaqueira Marina Pereira, 31, natural de Redenção. Ela foi uma 90 das mulheres (cerca de 10% dos competidores) a se inscreverem na 2ª Vaquejada do Complexo Franskim Pedro, que ocorreu no fim de semana, em Maranguape. Cerca de 70 mil pessoas passaram pela atração durante quatro dias, segundo a organização.
Investidas
Dos eventos, Marina sempre entendeu; afinal, passou dez anos acompanhando as investidas do marido, também vaqueiro, nos parques de vaquejada. "Um dia, decidi parar de ficar apenas dormindo no caminhão e aprender também", sorri com a pele curtida de sol.

O FUTEBOL CEARENSE TA DE LUTO COM A MORTE DO CONSELHEIRO DO FORTALEZA EC, ROBERTO MAMEDE STUDART SOARES .

Morte de Roberto Mamede Studart Soares, causou comoção entre torcedores, dirigentes, jogadores durante toda a tarde desta segunda-feira (23).

Fonte:DN/Jogada
Roberto Studart
Roberto Studart era conselheiro e diretor de Esportes Amadores e Olímpicos do Fortaleza ( Foto: Reprodução/TV Diário )
A morte do conselheiro e Diretor de Esportes Amadores e Olímpicos, Roberto Mamede Studart Soares, causou comoção entre torcedores, dirigentes e jogadores durante toda a tarde desta segunda-feira (23). 
 
Além do próprio Fortaleza, que decretou luto oficial de três dias e prometeu homenagens ao desportista, o Ceará Sporting Club, por meio de nota oficial, disse que sua "direção executiva e o Conselho Deliberativo do Ceará Sporting Club se solidarizam à família de Roberto Studart e manifestam profundo pesar pelo falecimento, rogando para que seus parentes e amigos tenham conforto neste momento de dor". 
 
Federação Cearense de Futebol também se manifestou sobre a morte do desportista e informou que  será decretado três dias de luto pelo futebol cearense e um minuto de silêncio nos jogos de terça e quarta feira (24 e 25 de abril)"A Federação Cearense de Futebol, por meio do presidente Mauro Carmélio, lamenta o falecimento do conselheiro e diretor de Esportes Amadores e Olímpicos do Fortaleza Esporte Clube, Roberto Mamede Studart Soares. Betinho Studart, como era conhecido, faleceu nesta segunda-feira (23)", diz a nota.