Com experiências de sucesso nas séries B, C e D, o treinador afirma que agora o seu grande desejo é trabalhar na Série A do futebol brasileiro
por FolhaPress/jogada
Com um vasto currículo no futebol nordestino e recordista de acessos no país, o treinador Flávio Araújo, 55, ainda não conseguiu mostrar o seu trabalho nos clubes das regiões Sul e Sudeste do país. De acordo com ele, a explicação é simples: preconceito.
"Existe uma discriminação. Na visão de dirigentes das regiões Sul e Sudeste, o treinador nordestino é despreparado. Não só em termos de conhecimento futebolístico, mas também de cultura e de educação mesmo", disse Araújo, que estudou história na Universidade Federal do Ceará por três anos, mas não chegou a terminar o curso.
O desabafo pode ser explicado pelos clubes que dirigiu ao longo de seus 20 anos de carreira. Ele comandou mais de 20 equipes, mas apenas duas vezes deixou a região: em 2016, quando teve breves passagens por Cuiabá e Mogi Mirim.
O número de técnicos nordestinos nos clubes das regiões Sul e Sudeste corrobora a percepção de Araújo. Das 59 equipes dessas regiões em todas as divisões nacionais, apenas duas têm ou tiveram nesta temporada (no caso das equipes da Série D, já encerrada), treinadores nordestinos.