Camilla Costa - @_camillacosta
Pesquisadores da Universidade Queen Mary, no Reino Unido, acabam de colocar mais uma peça no quebra-cabeça dos efeitos da poluição atmosférica no corpo humano. Em um estudo inicial, eles encontraram partículas de materiais poluentes, comumente detectados em grandes cidades, nas células da placenta de cinco mulheres.
É a primeira evidência científica de que os componentes da poluição do ar atingem a placenta depois de passar pelos pulmões e cair na corrente sanguínea.
A nova pesquisa examinou as placentas de cinco mulheres não fumantes que tiveram bebês saudáveis no hospital da Universidade. Com o consentimento delas, os pesquisadores examinaram os macrófagos - células do sistema imunológico que "comem" partículas danosas ao corpo - presentes suas placentas.
Estas células estão presentes nos pulmões e também fazem parte do sistema que protege o feto no tecido da placenta.
O estudo foi apresentado neste mês de setembro no Congresso Internacional da Sociedade Respiratória Europeia (ERS, na sigla em inglês), mas ainda não foi publicado em revistas científicas.