FONTE:YOUTUBE;TODAS NOSSA SENHORAS
- Brasília
Helena Martins – Repórter da Agência Brasil*
Um em cada cinco municípios brasileiros que fazem fronteira com outros países não tem leitos de internação disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 93% desses locais, também não há leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Onde há UTI, elas totalizam 273 leitos, sendo que 133 estão apenas em Porto Velho (RO).
O diagnóstico consta em levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM), que aponta precariedade no atendimento à saúde em 122 cidades fronteiriças nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina. Os dados são relativos ao ano de 2018.
De acordo com o levantamento, o número total de habitantes nos 122 municípios fronteiriços contrasta com o de unidades básicas de Saúde (UBS) ou centros de saúde neles disponíveis: são cerca de 3,4 milhões de habitantes e 654 unidades. Em estados como Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte, com um conjunto populacional semelhante, o número de estabelecimentos de saúde é maior: 821, 978 e 841, respectivamente.
Nas cidades de fronteira, 42 delas não contam com um hospital geral. As demais reúnem, juntas, 115 hospitais, conforme dados obtidos pelo CFM junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), coordenado pelo Ministério da Saúde. O conselho destaca que o total de hospitais é praticamente igual ao registrado apenas no município do Rio de Janeiro.