Camilla Costa*
Ao contrário de muitos atletas que se preparam para uma competição olímpica com a perspectiva de um desempenho cada vez melhor, a nadadora gaúcha Susana Schnarndorf Ribeiro chega à Paralimpíada do Rio de Janeiro sabendo que está pior do que há dois anos e que continuará sendo assim.
"Atualmente, tenho 40% de capacidade respiratória. Agora diminuiu muito o número de braçadas que eu dou sem respirar. Já cheguei a passar mal, ter queda de pressão. É complicado para uma nadadora não ter ar", diz à BBC Brasil.
"Sei que não faço mais o tempo que fazia antes, mas me preparei muito para esses Jogos. Farei o melhor que consigo agora."
Aos 48 anos, Susana convive há 12 com a Atrofia de Múltiplos Sistemas (MSA), uma doença degenerativa rara que limita gradualmente o movimento, a respiração e outras funções autônomas do organismo.
"Meu corpo está parando de funcionar comigo viva. Eu tenho que brigar com ele", afirma.