Cientista Político acredita que esta é uma maneira de chamar atenção dos eleitores e assim, a campanha ganhar mais visibilidade
O "Garçom do Sinal" é um dos candidatos com apelido inusitado nesta eleição. (Foto: Reprodução/TV Cidade) |
O Ceará possui 461.405 candidatos a vereadores que almejam uma vaga nas Câmaras Municipais dos 184 municípios do estado, segundo o registro no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em meio aos milhares de nomes que desejam uma vaga nos Legislativos, é possível encontrar alguns nomes se destacam pela “raridade”. A lista é grande e vai desde o Bill Clinton, candidato de Amontada, 157 km de Fortaleza, até a Loura do Povo, em Varjota, 297 km de Fortaleza.
Em Fortaleza, nomes como o Garçom do Sinal, conhecido por vender água com traje de garçom nas ruas do Montese, Alexandre do Skate e Araújo Coração de Leão. Alex Pintor, Tio da Pipoca, Biriba Lira e até Bisteca, podem ser encontrados no sistema do TSE. Um dos nomes mais curiosos na disputa por uma vaga na Câmara de Fortaleza, “A Onde É”, cujo apelido é um bordão usado pelo mesmo em suas vendas de pizza no bairro Bom Jardim, teve seu pedido de candidatura negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-vereador responde judicialmente por lavagem de dinheiro.
Porém, os nomes curiosos não se limitam à capital do Estado. No interior do Ceará existem outros candidatos com nomes bem curiosos. Em Cascavel, no Litoral Leste do Estado, O Cricinha do Perninha teve sua candidatura deferida. Na mesma cidade, o Ednaldo da Vaca Morta também é candidato à Câmara Municipal. Em Itarema, 204 km de Fortaleza, Chico Louvado e Doutor do Coco representam a categoria de candidatos que usam apelidos na disputa. Já em Acarape, no Maciço de Baturité, Xandinha da Hora e Tião Brechar são alguns dos que pleitam uma vaga no Legislativo.
Para o cientista político Frederico Henriques, os apelidos inusitados são usados porque é a maneira como os candidatos são conhecidos nas comunidades em que vivem ou para chamar atenção dos eleitores e assim ganhar mais visibilidade. O estudioso também acredita que além dos votos obtidos daqueles que realmente conhecem os candidatos, existem aqueles que utilizam o voto como uma forma de protesto por desacreditarem de políticas partidárias. O cientista político usou o exemplo do Tiririca como justificativa para a sua opinião.
Ainda segundo Henriques, o recurso só é válido quando o candidato for bastante conhecido, principalmente em uma cidade (no caso das eleições municipais) onde existe uma grande quantidade de pessoas que usam a mesma fórmula para conseguir mais votos.
FONTE:/JORNAL DE CAMOCIM
FONTE:/JORNAL DE CAMOCIM
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