Em contrapartida, o Estado do Ceará investiu R$ 955 milhões em adutoras, barragens e outras obras hídricas
por Honório Barbosa - Colaborador
Iguatu. Em 2016, o Ministério da Integração Nacional (MI) investiu cerca de R$ 1,815 bi em obras de transposição das águas do Rio São Francisco, perfuração de poços, instalação de adutoras e distribuição de água na Operação Pipa. O governo do Estado chegou a R$ 995 mi aplicados em adutoras, barragens e outras obras hídricas de combate aos efeitos da seca.
A incerteza de que as chuvas da quadra que se aproxima (fevereiro a maio) serão suficientes para aumentar o nível dos reservatórios e evitar colapso no abastecimento das cidades cearenses amplia a pressão para que os governos federal e estadual liberem mais recursos para as obras necessárias de combate aos efeitos da maior estiagem que o Estado atravessa em 100 anos.
Paralisação
A principal pressão recai sobre a retomada das obras do Eixo Norte do projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco, que estão paralisadas desde junho de 2016 pelo abandono da construtora Mendes Júnior. Há também necessidade de conclusão urgente de oito Adutoras de Montagem Rápida (AMR) em andamento sob a responsabilidade do Dnocs.
A seca é um problema histórico e, se o quadro atual persistir neste ano, serão seis anos seguidos de chuvas abaixo da média, com colapso hídrico nos grandes centros urbanos. Até o momento, as políticas públicas de convivência com a estiagem repetem fórmulas passadas: construção de barramentos, distribuição de água por carros-pipa, instalação de adutoras e chafarizes, perfuração de poços e transferência do recurso hídrico entre bacias.