O movimento que normalmente aconte em outubro contou com uma edição em janeiro devido a uma ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o aborto quando a gestante for diagnosticada com zika vírus
Fonte:DN/Cidade
Cerca de mil pessoas reuniram-se, no fim da tarde deste domingo, 22, na Praça Portugal, no Ato Nacional em Favor da Vida, organizado pelo Movimento em Favor da Vida (Movida) em parceria com a Associação Casa Luz, a Obra Lumen de Evangelização e o Lar de Clara. Para reforçar o coro, o evento contou com a participação da jornalista Ana Carolina Dias Cáceres, de 25 anos, que foi diagnosticada com microcefalia quando nasceu mas conseguiu superar as dificuldades da doença e leva uma vida normal atualmente.
O ato normalmente é realizado, em Fortaleza, no mês de outubro – sob o nome de Marcha pela Vida –, mas este ano contou com uma edição em janeiro devido a uma ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), que permite o aborto quando a gestante for diagnosticada com zika vírus. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5581 deve ser julgada em breve pelo STF.
“Nossa intenção com esse ato é, além de sensibilizar mais pessoas para essa causa, representar o que a maioria da população brasileira quer, que é dizer sim, à vida e não ao aborto. Quase 80% da população brasileira é contra o aborto”, afirmou um dos organizadores do evento, George Mazza. Segundo ele, a quantidade de jovens que compareceu ao ato indica como o movimento pró-vida, em Fortalez a, tem se renovado. “Independentemente de religião, muitos jovens estão vindo e se juntando à essa causa”, completou.
Além do ato, que aconteceu simultaneamente em outras 13 cidades, a organização pretende enviar emails para os ministros do STF, realizar manifestação em Brasília e mobilizar cada vez mais pessoas pelas redes sociais. “Queremos que o STF julgue de acordo com o desejo da sociedade, contra o aborto”, defendeu Mazza.
Não desistir nunca
Em Fortaleza pela primeira vez, para participar do ato, a jornalista sul-mato-grossense Ana Carolina Dias Cáceres, 25, foi diagnosticada com microcefalia logo que nasceu, e enfrentou uma verdadeira maratona de cirurgias e tratamentos que a fizeram, hoje, levar uma vida normal, dentro das limitações da síndrome.
“O que eu digo para as pessoas é para não desistirem nunca. Meus pais superaram vários obstáculos para que eu conseguisse me formar, foram vários tratamentos, medicamentos, mas cada obstáculo foi vencido na persistência”, diz ela. A história de vida de Ana Carolina rendeu um livro, “Selfie, em meu autoretrato, a microcefalia é diferença e motivação”, que foi também o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da graduação da jornalista. Além de participar de atos como o de ontem, em várias cidades, Ana Carolina ministra palestras e mobiliza um grupo na cidade onde mora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário