A Secretaria Municipal de Saúde realizou uma ação para conscientizar a população na Praça do Ferreira, nesta sexta-feira (19)
No ano passado, Fortaleza registrou também 770 casos de sífilis congênita e 680 notificações da infecção em gestantesFoto: Kassio Pereira/Fotos Públicas
A Capital cearense registrou, só em 2017, 1.100 casos de sífilis adquirida, 770 de sífilis congênita e 680 de sífilis em gestantes. As informações foram divulgadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Fortaleza, durante uma ação na Praça do Ferreira, nesta sexta-feira (19). O ônibus “Fique Sabendo Jovem” estacionou na praça com o objetivo de orientar a população quanto à prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Além da testagem rápida (para sífilis, HIV/Aids e hepatites) a ação da SMS também distribui preservativos e gel lubrificante, além de aconselhamento pré e pós-teste. Maria Suely, 56, foi ao centro de Fortaleza por razões financeiras mas aproveitou a oportunidade para fazer o teste.
“Eu vim fazer um pagamento aqui no Centro, e vi o ônibus (do ‘Fique Sabendo Jovem’), aí parei para ler umas coisas. Eu até achei que era só pra gente jovem, mas como vi algumas pessoas da minha idade, decidi fazer o teste”, revela a autônoma, que fez o teste de sífilis pela primeira vez, mas já havia realizado exame para HIV/Aids.
Ainda de acordo com dados da última planilha de atualização semanal das doenças de notificação compulsória, da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa), divulgada no último dia 11, Fortaleza registrou 678 de sífilis congênita em 2018; além de 682 em gestante. O documento não apresenta os números de sífilis adquirida.
Prevenção
“A principal forma de prevenção é o uso de preservativo, assim como todas as outras infecções sexualmente transmissíveis. Usar o preservativo do começo ao fim da relação sexual”, aconselha Marcos Paiva, coordenador técnico de IST/Aids e hepatites da SMS.
Ele revela também os esforços do poder municipal na prevenção à infecção. “O que nós temos feito é garantir o acesso da população ao preservativo em todos os postos de saúde, e em outros locais — que chamamos de banco de preservativo — para facilitar o alcance”, complementa Marcos.