Até chegar aos ouvidos do consumidor final, a música, enquanto registro fonográfico, atravessa inúmeras etapas e simboliza a soma de diferentes influências físicas, sociais e até mesmo comportamentais. Para atingir esse efeito, existe a necessidade de um suporte capaz de carregar essa música até o ouvinte. Aliados aos serviços de streaming como Spotify e Deezer, para citar os mais populares, objetos como a fita K7, LP, Laserdisc (LD), MD, MP3, CD, DVD e Blu-ray obedeceram à missão de propagar as ideias de artistas e grupos musicais ao longo dos anos.
Algumas das siglas (e tecnologias) apontadas anteriormente ficaram pelo caminho e as chances de saírem do esquecimento são praticamente nulas, casos do LaserDisc e MD. Enquanto o MP3, CD e DVD testemunham um progressivo declínio, fãs de carteirinha e até mesmo novas gerações alimentam a sobrevida do K7 e colocam o Long Player no centro das atenções da indústria novamente.
Na obra "MP3: Música, Comunicação e Cultura" (2005), dos pesquisadores Rose Marie Santini De Oliveira e Clovis Ricardo Montenegro De Lima, o consumo da música através destas mídias é esmiuçado e revisado. Fruto de pesquisa iniciada em 2002, o livro foi lançado no momento onde a internet ampliava o acesso a áudios digitais. Interessava aos autores, entretanto, perceber o quanto as mudanças na música e na cultura musical eram bem mais complexas do que apenas uma "crise da indústria fonográfica".
Para os pesquisadores, interessa investigar como se estipularam as relações entre cultura e a história da música. Em certo sentido, apliam este conceito através da afirmação onde "os meios de comunicação mudam, incorporando novas tecnologias, e isso resulta numa composição sempre diferente e cultura, tanto no sentido de valores quanto no sentido de criação artística".
Após anos de constante pesquisa, em 21 de junho de 1948 surge no mercado um revolucionário formato de disco. Denominado "LongPlay" e abreviado posteriormente para LP, este material funcionava em rotação de 33 1/3 rpm, com diâmetro de doze polegadas e eram prensados em um plástico denominado Cloreto Polivinílico vulgarmente conhecido como "vinil". Daí, o famoso apelido.