O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Educação (Seduc), vem desenvolvendo e apoiando várias ações em educação científica, de forma que estudantes e professores se envolvam na elaboração de projetos e pesquisas no cotidiano escolar e na participação de eventos científicos e culturais como ambiente de troca e de produção de conhecimento. A previsão é de que, em 2017, cerca de 250 professores e 500 estudantes sejam financiados para participar de eventos científicos regionais, nacionais e internacionais. O investimento é de R$ 850 mil. As ações promovem a educação científica na rede estadual, envolvendo estudantes e professores orientadores na produção de projetos dentro de um percurso científico próprio da rede pública estadual. E a partir daí ganham espaços nacionais e até fora do país em eventos científicos, artísticos e culturais, além de mostras e olimpíadas. A política de Educação Científica da Seduc é desenvolvida por meio do fomento à pesquisa no âmbito escolar e promove a participação de estudantes e professores em eventos de natureza científica. A Lei nº 15.434/2013 e do Decreto nº 31.425/2014 regulamentam as condições para que estudantes e professores possam receber financiamento para representar o Ceará nos principais eventos no mundo. |
Capacitar jovens indígenas para usar o audiovisual como ferramenta de registro e expressão da própria cultura é o objetivo do curso em andamento na aldeia Tabepa desde quinta (25) até domingo (28). O módulo da “Formação de Cineastas Indígenas – Um olhar etnográfico” está acontecendo na escola da aldeia Lagoa dos Tapeba, em Capuã, distrito de Caucaia.
Realizado pela Associação de Mulheres Indígenas Jenipapo-Kanindé, o projeto é composto de quatro módulos. Os dois primeiros aconteceram em aldeias dos povos Jenipapo-Kanindé e Kanindé de Aratuba, respectivamente, e o ultimo será destinado a integrantes da etnia Pitaguary.
São aproximadamente 15 alunos por Formação. Além de oficinas de fotografia, vídeo e produção audiovisual, o projeto inclui rodas de conversa, vivências na mata, rituais indígenas e uma mostra de filmes etnográficos. De acordo com o cineasta Henrique Dídimo, coordenador pedagógico e facilitador da formação, um dos diferenciais da iniciativa é a relação com a cultura indígena, inclusive nas oficinas. “A gente incorpora o conhecimento indígena dentro da metodologia do curso", explica.