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sexta-feira, 26 de maio de 2017

FORMAÇÃO DE CINEASTAS INDÍGENAS INICIA MÓDULO EM ALDEIA TAPEBA EM CAUCAIA-CE.

Jovens estão aprendendo princípios de audiovisual em quatro dias de intensa programação

FONTE:DN/CADERNO 3
formação
Jovens participam da “Formação de Cineastas Indígenas" – Um olhar etnográfico ( Formação de Cineastas Indígenas/Divulgação )
Capacitar jovens indígenas para usar o audiovisual como ferramenta de registro e expressão da própria cultura é o objetivo do curso em andamento na aldeia Tabepa desde quinta (25) até domingo (28). O módulo da “Formação de Cineastas Indígenas – Um olhar etnográfico” está acontecendo na escola da aldeia Lagoa dos Tapeba, em Capuã, distrito de Caucaia. 
 
Realizado pela Associação de Mulheres Indígenas Jenipapo-Kanindé, o projeto é composto de quatro módulos. Os dois primeiros aconteceram em aldeias dos povos Jenipapo-Kanindé e Kanindé de Aratuba, respectivamente, e o ultimo será destinado a integrantes da etnia Pitaguary.
 
São aproximadamente 15 alunos por Formação. Além de oficinas de fotografia, vídeo e produção audiovisual, o projeto inclui rodas de conversa, vivências na mata, rituais indígenas e uma mostra de filmes etnográficos. De acordo com o cineasta Henrique Dídimo, coordenador pedagógico e facilitador da formação, um dos diferenciais da iniciativa é a relação com a cultura indígena, inclusive nas oficinas. “A gente incorpora o conhecimento indígena dentro da metodologia do curso", explica. 
 
A produção do evento é realizada por membros das aldeias envolvidas. Os jovens Jenipapo-Kanindé que participaram da primeira formação, em abril deste ano, atuam como monitores nas oficinas. A continuidade do processo de aprendizado também é possibilitada pela doação uma câmera fotográfica profissional a cada aldeia participante, e pelo retorno dos facilitadores aos locais aproximadamente um mês após cada módulo, para ministrar uma oficina de edição de vídeo. 
 
Apesar do público alvo específico, há flexibilidade para a participação de alunos de outras faixas etárias, respeitando o caráter inclusivo da pedagogia indígena.
 
Contando com o apoio da Secretaria da Cultura do Ceará, o projeto dá continuidade à primeira e à segunda Mostra Indígena de Filmes Etnográficos do Ceará, realizadas em 2015 e 2016, na aldeia Lagoa Encantada, da etnia Jenipapo-Kanindé, em Aquiraz.

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