Há quem diga o prato revigora e dá fim à ressaca. A nutricionista tira dúvidas.
Tradicional caldo nordestino incorporado à cultura amazônica, o caldo da caridade tem fama de acudir enfermos e levantar "corpos moídos", principalmente, depois de uma noite de exageros alimentícios e bebidas alcoólicas. Porém, a dúvida de parte da população é se, de fato, o caldo tem propriedades medicinais. O Em Tempo procurou a nutricionista Raisa Lima, que confirmou o poder dos ingredientes do prato popular e fala sobre as suas especificidades.
Para a professora Larissa Martins, o caldo da caridade é uma tradição familiar. “Minha mãe adora caldo da caridade, desde criança eu tomo quando estou doente e sinto que meu corpo responde bem. Quando estou gripada perco apetite, mas consigo tomar um caldinho e me sinto muito mais bem disposta. Após suar um pouco, me sinto melhor. Ele é revigorante”, disse.
Há quem diga que o caldo carece de vitaminas no prato. Ele é preparado à base de farinha de mandioca e há muitas dúvidas sobre a quantidade de calorias consumidas por porção.
“É um prato calórico e com um alto valor nutricional. No cheiro verde temos Vitaminas C e K, na farinha de mandioca o carboidrato, o alho é antioxidante e antifúngico e, por isso, ajuda a aliviar sintomas da gripe. A cebola tem vitamina C e a fibra é anti inflamatória. No ovo há as vitaminas lipossolúveis e complexo B, já a pimenta do reino é termogênica, acelera o metabolismo e ajuda a eliminar toxinas através do suor", explica Raisa.