Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil
O governo federal, a sociedade civil organizada e setores produtivos estão trabalhando em um grande acordo para estabelecer medidas de proteção para o Cerrado, no âmbito do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado).
Hoje (11) celebra-se o Dia Nacional do Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul, que ocupa cerca de 22% do território nacional, mas sofre com a pressão para abertura de áreas para produção de carne e grãos para exportação.
Hoje (11) celebra-se o Dia Nacional do Cerrado, o segundo maior bioma da América do Sul, que ocupa cerca de 22% do território nacional, mas sofre com a pressão para abertura de áreas para produção de carne e grãos para exportação.
Para o diretor do Departamento de Florestas e Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Jair Schmitt, a articulação entre os diversos atores é fundamental para proteção e recuperação dos biomas.
No bioma Amazônia, por exemplo, o acordo da moratória da soja é um caso de sucesso na proteção ao meio ambiente. O compromisso proíbe o comércio, aquisição e financiamento de grãos produzidos em áreas desmatadas de maneira ilegal após julho de 2008. De todo o desmatamento ocorrido na Amazônia em 2014 e 2015, apenas 0,8% teve como causa a sojicultura.
Segundo Schmitt, o acordo setorial para o Cerrado tem um desenho diferente, mas estabelece as mesmas formas de proteção. “O setor produtivo, quem consome a soja, tem capacidade de gerar demanda para os produtos e de influenciar o desmatamento, da mesma forma que a pecuária”, disse Schimtt. Ele explicou que é possível melhorar a produtividade com o uso de tecnologias e mudar o comportamento do mercado. “Produzir mais, mas sem causar desmatamento ilegal.”