Rio - Ao chegar em casa após um longo dia de trabalho, a primeira vontade que costuma vir à mente é se jogar na cama e relaxar. Pouco se sabe, no entanto, a respeito dos perigos à saúde que inimigos invisíveis a olho nu escondidos em colchões e travesseiros podem trazer. Microorganismos como o ácaro - espécie de carrapato 20 vezes menor que um grão de arroz - se apropriam de esconderijos domésticos para se proliferar. A presença deles pode provocar sintomas como tosse, espirros ininterruptos, coceira nasal, pigarro e até problemas mais sérios, como asma, rinite e dermatites alérgicas.
O ambiente úmido da cama, potencializado pelo suor ao longo da noite, somado a restos de pele e fios de cabelo - alimento dessas bactérias -, constituem um habitat perfeito para esses bichinhos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 40% da população mundial sofre com algum tipo de alergia, e grande parte dessas enfermidades pode estar ligada aos cuidados quanto à higiene nos espaços de repouso. "Aquela história de que antigamente os colchões duravam 20 anos não existe mais. Hoje em dia trocamos os colhões de 5 a 10 anos no máximo", disse Ricardo Farias Júnior, ortopedista e diretor do Cremerj.