A Secretaria da Saúde do Estado e o Comitê Estadual de Atenção ao Acidente Vascular Cerebral encerram nesta sexta-feira (4) a Semana de Atenção ao AVC, com ações de mobilização da população, na Praça do Ferreira, das 8 às 16 horas. As atividades constam de divulgação dos fatores de risco e como controlá-los, cálculo do risco de AVC e orientação de como reconhecer e se conduzir diante de uma pessoa com AVC agudo.O Dia Mundial do AVC (World Stroke Day, em inglês) é comemorado anualmente em 29 de outubro. A data tem a finalidade de conscientizar as pessoas sobre as formas de prevenção da doença cerebral que mais mata no Brasil. Em 2016, o tema do Dia Mundial do AVC é “Encare os fatos: o AVC é tratável”. Com base nos primeiros resultados do projeto-piloto do Registro Estadual do AVC, o presidente do Comitê Estadual de Atenção ao AVC, João José Carvalho, admite “uma melhoria no perfil dos fatores de risco que, no entanto, continuam muito elevados se comparados mesmo a países latino-americanos como o Chile”. Com cerca de 8 mil casos investigados, o estudo mostra também que houve também uma melhoria no tempo de chegada ao hospital. “Outro ponto que chama a atenção é que apenas 14% da população aciona o SAMU e 70% dos pacientes chegam ao hospital em transporte pessoal ou de amigos", observa o neurologista. Atualmente, destaca João José, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) são um dos principais destinos dos pacientes com AVC. |
O Ceará é o estado do Nordeste com a maior quantidade de suicídios. Com 533 casos registrados em 2015, o Estado teve um crescimento de 9,2% em relação a 2014, quando 488 pessoas tiraram a própria vida. Se a análise levar em conta as taxas de ocorrências por 100 mil habitantes, o Estado permanece no topo do ranking, com seis casos. A média nacional é de 4,2 por 100 mil habitantes, conforme o 10º Anuário Sobre Segurança Pública.
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De acordo com o psiquiatra do Hospital Universitário Walter Cantídio e coordenador do Programa de Apoio à Vida (Pravida), Fábio Gomes de Matos e Souza, o número aumentou em todo o Brasil, mas esse acréscimo foi maior no Ceará em decorrência de existir aqui maior desagregação,desestruturação familiar, abuso de álcool e droga e pela falta de estrutura da rede de saúde para tratar transtornos associados ao suicídio.
“São dois grandes grupos preditores do suicídio: os que tentaram prévia e os portadores de transtornos mentais. Os cinco principais transtornos mentais associados ao suicídio são: depressão, transtorno bipolar, abuso de álcool e outras drogas, esquizofrenia e transtorno de personalidade, principalmente o borderline. Se há uma falha no sistema, se não há medicação e terapia, há uma agravamento desses transtornos. Fica crônico e muitas vezes o paciente vê nisso a única saída”, explica Fábio, que também é professor Titular de Psiquiatria da Universidade Federal do Ceará (UFC).