Além do Município cearense, Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, constam no relatório feito pelo World Resources Institute (WRI) com grau de risco extremo de estresse hídrico
Fonte:Por André Costa, andre.costa@diariodonordeste.com.br
Pelo menos, três fatores preponderantes explicam a inclusão do município do Padre Cícero neste patamar de extremo risco: cenário natural, bacia hidrológica e alta demandaFoto: Antonio Rodrigues
Em 1915, ano de uma das mais severas secas no Ceará, Padre Cícero Romão Batista, fundador e então prefeito de Juazeiro do Norte, preocupado com a estiagem que assolava uma legião de sertanejos, enviou cartas ao Governo do Estado pedindo auxílio. Em um dos trechos, ele relata, com pesar, o cenário devastador em que se encontrava a região. "Aqui sepultam todos os dias de pura fome". O trecho da carta descrevia as inúmeras pessoas que morriam, todos os dias, devido à falta de água e comida.
O religioso temia que a população do então emancipado Município vivesse um colapso hídrico. Mais de um século se passou, e o temor da escassez hídrica na cidade voltou à tona. Juazeiro do Norte é o único município cearense a constar no relatório feito pelo World Resources Institute (WRI) com grau de risco extremo de "estresse hídrico".