Turma de Nilmanda Dias de Sousa, no Colégio Cearense.Foto: Arquivo Pessoal
Fundado em 1913 e inicialmente sob nome "Colégio Cearense do Sagrado Coração" pelos padres Misael Gomes, Climério Chaves e José Quinderé o Colégio Marista Cearense fechou suas portas em dezembro de 2007. O motivo, de acordo com nota da União Norte Nrasileira de Educação (Umbec), à época, foi a "evolução do tempo e a expansão da cidade". A instituição teria resistido à crescente modernização da sociedade.
Mas no coração de Nilmanda Dias de Sousa, 38, o Cearense resistiu. Lá, ela estudou apenas dois anos, entre 1996 e 1997 e cursou a 8ª série (atual 9º ano) do Ensino Fundamental e o 1º ano do Ensino Médio. Foi suficiente para marcar sua história, principalmente no quesito religioso.
“Todo dia antes das aulas tinha o momento de oração e isso me marcou muito. Tinha um bom dia especial, era muito acolhedor, o ambiente era muito família. Em 1997, no ano que saí de lá fiz minha crisma e até hoje a religião é uma parte muito importante da minha vida”, relata.
A experiência com o corpo docente também foi muito positiva para Nilmanda, que hoje é professora. “O meu tempo no Cearense influenciou na minha profissão atual. Hoje, como professora, eu levo muito os aspectos dos professores da minha época para a saula de aula. O que eu aprendi com eles busco passar pros meus alunos: ser amigo deles e tentar ser o mais próximo possível”, comenta.
Depois do fechamento, a Faculdade Católica Cearense continuou funcionando no local mas também encerrou suas atividades em 2013.
Colégio Capital (Evolutivo Capital)
Antes de se tornar uma unidade de uma das maiores organizações educacionais do Ceará, a Organização Educacional Evolutivo (que também já fechou), o prédio localizado na avenida Heráclito Graça, número 826, antes abrigou o Colégio Capital. E foi nesta escola que a carioca Lana Vanessa Nobre Ribeiro, 34 anos, fez casa entre os anos de 1995 e 1998.
Lá, ela criou laços de amizade que duram até os dias atuais, mesmo já longe de terras cearenses novamente, morando no Rio de Janeiro. Sua melhor amiga no Colégio Capital é hoje a madrinha de sua filha Agatha, de 4 anos. “Eu sempre falo pra todo mundo que meus melhores anos foram no Colégio Capital. Foram momentos incríveis e ainda que simples, nunca vou esquecer. Teve uma época que meu pai queria eu fizesse prova para entrar em outro colégio mas eu não quis deixar minhas amigas”, relata.
Em 1999, Lana precisou voltar ao Rio de Janeiro para morar com a mãe após a morte de seu pai e teve de deixar para trás sua vida no Colégio Capital. Mas, de acordo com a bióloga, ela nunca deixou a memória desta época morrer e sempre tenta manter contato com os amigos que fez lá.
Poucos anos depois que Lana saiu, o Colégio Capital como ela conhece deixou de existir e deu lugar ao Evolutivo Capital. A marca Evolutivo se tornou uma das mais conhecidas na educação cearense. O colégio chegou a ter nove sedes em seu auge e era conhecido por ter preços acessíveis comparados a outras instituições privadas, à época. Em 2012, o Evolutivo fechou as portas.
Atualmente, no prédio que já foi Colégio Capital e Evolutivo Capital, funciona a Faculdade Ari de Sá.
Colégio Salesiano Dom Lustosa
Uma das sedes mais tradicionais da rede salesiana de ensino no Ceará, o Colégio Salesiano Dom Lustosa, localizado na avenida João Pessoa, no Bairro Montese, encerrou suas atividades em 2013. Hoje, o prédio abriga a Escola Educar Sesc desde que foi comprado pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) em 2016. Antes da compra, o local chegou a funcionar como um centro educacional para menores infratores.
Por uma década, entre os anos de 2000 e 2010, Wagner Sampaio estudou no Dom Lustosa. Para ele, a experiência foi uma mudança brusca de costumes, por se tratar de uma escola religiosa. “Estranhei quando entrei mas depois me acostumei e foi lá onde eu vivi os melhores momentos da minha vida sem dúvida nenhuma. Era para lá que eu tinha de ter ido mesmo, não me arrependi”, afirma.
Para Wagner, uma das melhores vantagens de ter estudado nesta escola era a relação com professores, alunos e funcionários, que de acordo com ele, sempre foi muito próxima, com uma ligação muito forte. No Dom Lustosa ele também pôde vivenciar o esporte. “Jogava na equipe de futsal e vôlei e tive a oportunidade de viajar com as seleções e conhecer várias cidades por conta do esporte”, relata.
Wagner saiu da escola antes que ela fechasse mas anos depois, ao passar em frente ao antigo colégio era difícil. “Era muito doloroso passar por lá e ver fechada a escola onde você viveu os melhores momentos, machucada muito. Mas até hoje tenho amigos que fiz lá, a gente mantém essa ligação. Foi uma pena aquela escola ter sido fechada”, finaliza.
Colégio Integral
“Eu aprendi a buscar sempre o melhor”, é assim que a professora e advogada Nahiana Santos define o resultado do único ano em que passo no Colégio Integral, que era localizado na avenida da Universidade, no Bairro Benfica, em Fortaleza. Em 1996, ela cursou o 9º ano e começou a gostar de esportes, um fato que influenciou bastante em sua vida.
“O Integral foi uma escola que me marcou muito. Comecei a jogar basquete e fui convidada pelo técnico para jogar no time. A escola tinha uma grande força no esporte. Estudar e ao mesmo tempo me dedicar ao esporte me ensinou a ter a possibilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo mas com responsabilidade”, relata Nahiana.
Colégio Júlia Jorge
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