prece ao vento;para recorda
Pentecoste. Em meio a uma das maiores crises hídricas já enfrentadas no Estado, a dessalinização da água não apenas tem sido eficaz no abastecimento humano, quanto foi o socorro providencial para matar a sede do rebanho. Como exemplo dessa realidade, há a experiência pioneira do Programa Água Doce (PAD), na comunidade de Jurema, no distrito de Aroeira, a 28Km da sede deste Município, que atende cerca de 30 famílias.
O PAD já conta com 188 dessalinizadores funcionando e com mais 122 em implantação. A iniciativa foi concebida para 222 localidades, identificadas não apenas pela dificuldade de oferta dos recursos hídricos, mas também por reunir os mais baixos indicadores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), buscando atender, prioritariamente, as populações de baixa renda residentes em localidades rurais do Semiárido. O Programa é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com diversas instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. No Ceará, está vinculada à Secretaria de Recursos Hídricos (SRH).
Inovações
A ideia, apesar de já ter sido tentada no passado, ganhou no presente inovações. Como se vê na Comunidade da Jurema, são os moradores que operam o equipamento, além de que as lideranças locais se comprometem com os serviços de manutenção do equipamento. No entanto, o que se faz com o rejeito da água depois que se torna doce para beber é o que há de mais importante: a escória não é mais jogada aleatoriamente em terrenos abertos, mas levada a tanques, que passam a ter uso difuso, como transferir água para cochos de animais, utilização em irrigação de plantas que servem como forragem animal e até para a criação de peixes.