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segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 16 DE OUTUBRO DE 2016.

 SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE
Margarida Maria nasceu em 22 de julho de 1647, na modesta família Alacoque. Teve uma infância e uma juventude conturbadas. Enfrentou uma grave doença que a manteve acamada por longo período. Como nada na medicina curava o seu mal, Margarida, então, prometeu a Nossa Senhora, entregar todos os seus dias a serviço de Deus, caso recuperasse a saúde. Para sua própria surpresa, logo retornou à sua vida normal.

Assim, aos vinte e quatro anos de idade, entrou para a Ordem da Visitação, fundada por São Francisco de Sales. Viveu tempos de iluminação e sofrimento, dialogando com o próprio Cristo, que lhe falava sobre o amor e devoção à Eucaristia e ao Sagrado Coração. As visões e mensagens de Margarida Maria apontavam para o Deus do amor e da salvação.

Margarida sofreu a crítica dos religiosos de sua época, que não aceitavam suas experiências místicas. Coube ao padre jesuíta Cláudio de La Colombière esclarecer a veracidade das intenções de Margarida. Aos poucos o culto ao Sagrado Coração de Jesus começou a ser difundido também entre os fiéis. E foi assim que, depois de algum tempo, esta mensagem estava espalhada por todo o mundo católico.

Margarida Maria faleceu com apenas quarenta e três anos de idade.
REFLEXÃO
Esta santa recebeu a missão de espalhar pelo mundo a devoção ao Sagrado Coração ofendido pela ingratidão dos homens, que destruía a noção da misericórdia de Deus. Foi incompreendida e perseguida, tachada de visionária, histérica e alucinada, mas finalmente a força da fé venceu e a mensagem de Margarida Maria resplendece hoje no mundo.
ORAÇÃO
Senhor Jesus Cristo, que revelastes maravilhosamente as insondáveis riquezas de vosso Coração à Virgem Santa Margarida Maria, concedei-nos pelos seus merecimentos e à sua imitação que, amando-vos em tudo e sobre todas as coisas, mereçamos ter perpétua morada no vosso mesmo Coração, Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amém.



16.10.2016
29º DOMINGO DO TEMPO COMUM — ANO C
Verde, Glória, Creio – I Semana do Saltério )
__ "Oração constante: alimento seguro da fé" __
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: A liturgia de hoje sugere dois temas importantes: a força da oração e a importância da Sagrada Escritura, mas ambos têm o mesmo pano de fundo: a esperança da salvação em Jesus. Atendendo ao apelo que Jesus nos fará de rezar sempre e, em conformidade com o seu pedido de evangelizar todas as nações, procuremos, pelo testemunho, demonstrar o mandamento maior do amor que com ele nos identifica.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, pouco a pouco vamos nos aproximando do final do ano litúrgico e o Senhor nos oferece a oportunidade de nos reunirmos em seu nome para elevar ao Pai nossa grande e solene oração de ação de graças, expressão maior de nossa fé. Queremos que por ocasião da vinda gloriosa do Senhor, Ele nos encontre a todos perseverantes na oração. Entreguemo-nos, pois, confiantes ao Senhor que escuta nossa prece e que nos guarda como a pupila de seus olhos.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER:O tempo da expectativa pela última vinda de Cristo é o tempo da fé e da oração. "Quando o Filho do homem vier, encontrará fé sobre a terra?" (Lc 18,8). Fé e oração estão intimamente unidas. Se é verdade que para orar é preciso crer, também para crer é preciso orar. A oração perseverante é expressão e alimento da fé em Deus. O dirigir-se a Deus explicitamente é ato de fé nele, como pessoa sempre presente e distinta de qualquer outra realidade.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!


Antífona de Entrada
Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor e vos servir de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A Palavra de Deus falará da importância da oração de súplica, considerando três condições: confiança em Deus, manter-se firme no ensinamento do Evangelho e suplicar a graça que necessitamos com insistência e perseverança. O Senhor tem uma Palavra de salvação a nos oferecer. Escutemo- la com atenção.
Primeira Leitura (Êxodo 17,8-13)
Leitura do livro do êxodo.
17 8 Amalec veio atacar Israel em Rafidim.
9 Moisés disse a Josué: “Escolhe-nos homens e vai combater Amalec. Amanhã estarei no alto da colina com a vara de Deus na mão.”
10 Josué obedeceu Moisés e foi combater Amalec, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiam ao alto da colina.
11 E, quando Moisés tinha a mão levantada, Israel vencia, mas logo que a abaixava, Amalec triunfava.
12 Mas como se fatigassem os braços de Moisés, puseram-lhe uma pedra por baixo e ele assentou-se nela, enquanto Aarão e Hur lhe sustentavam as mãos de cada lado: suas mãos puderam assim conservar-se levantadas até o pôr-do-sol,
13 e Josué derrotou Amalec e seu povo ao fio da espada.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus!
Salmo Responsorial 120/121
Do Senhor é que vem o meu socorro,
do Senhor que fez o céu e fez a terra.
Eu levanto os meus olhos para os montes:
de onde pode vir o meu socorro?
“Do Senhor é que me vem o meu socorro,
do Senhor que fez o céu e fez a terra!”
Ele não deixa tropeçarem os meus pés,
e não dorme quem te guarda e te vigia.
Oh, não, ele não dorme nem cochila,
aquele que é o guarda de Israel!
O Senhor é o teu guarda, o teu vigia,
é uma sombra protetora à tua direita.
Não vai ferir-te o sol durante o dia,
nem a lua através de toda a noite.
O Senhor te guardará de todo o mal,
ele mesmo vai cuidar da tua vida!
Deus te guarda na partida e na chegada.
ele te guarda desde agora e para sempre!
Segunda Leitura (2 Timóteo 3,14-4,2)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.
3 14 Tu, porém, permanece firme naquilo que aprendeste e creste. Sabes de quem aprendeste.
15 E desde a infância conheces as Sagradas Escrituras e sabes que elas têm o condão de te proporcionar a sabedoria que conduz à salvação, pela fé em Jesus Cristo.
16 Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça.
17 Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra.
1 Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino:
2 prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus!
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
A palavra de Deus é viva e eficaz em suas ações; penetrando os sentimentos, vai ao íntimo dos corações (Hb 4,12).

EVANGELHO (Lucas 18,1-8)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!
18 1 Propôs-lhes Jesus uma parábola para mostrar que é necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.
2 “Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava pessoa alguma.
3 Na mesma cidade vivia também uma viúva que vinha com freqüência à sua presença para dizer-lhe: ‘Faze-me justiça contra o meu adversário’.
4 Ele, porém, por muito tempo não o quis. Por fim, refletiu consigo: ‘Eu não temo a Deus nem respeito os homens;
5 todavia, porque esta viúva me importuna, far-lhe-ei justiça, senão ela não cessará de me molestar”.
6 Prosseguiu o Senhor: “Ouvis o que diz este juiz injusto?”
7 Por acaso não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que estão clamando por ele dia e noite? Porventura tardará em socorrê-los?
8 Digo-vos que em breve lhes fará justiça. Mas, quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a terra?
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as Oferendas
Dai-nos, ó Deus, usar os vossos dons servindo-vos com liberdade, para que, purificados pela vossa graça, sejamos renovados pelos mistérios que celebramos em vossa honra. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
O Filho do homem veio dar a sua vida para a salvação dos homens (Mc 10,45).
Depois da Comunhão
Dai-nos, ó Deus, colher os frutos da nossa participação na eucaristia para que, auxiliados pelos bens terrenos, possamos conhecer os valores eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
ORAÇÃO: FONTE DE MISERICÓRDIA
A parábola evangélica que acabamos de ouvir (cfr Lc 18,1-8) contém um ensinamento importante: «A necessidade de rezar sempre, sem jamais se cansar» (v. 1). Portanto, não se trata apenas de rezar algumas vezes, quando sinto vontade. Não, Jesus diz que é preciso «rezar sempre, sem jamais se cansar». E apresenta o exemplo da viúva e do juiz.
O juiz é um personagem poderoso, chamado a emitir sentenças baseadas na Lei de Moisés. Por isso a tradição bíblica recomendava que os juízes fossem pessoas tementes a Deus, dignas de fé, imparciais e incorruptíveis (cfr Ex 18,21). Ao contrário, este juiz «não temia a Deus, nem respeitava homem algum » (v. 2). Era um juiz iníquo, sem escrúpulos, que não observava a Lei mas fazia o que queria, segundo seu interesse. A ele se dirige uma viúva para ter justiça. As viúvas, junto com os órfãos e os estrangeiros, eram as categorias mais frágeis da sociedade. Os direitos assegurados a eles pela Lei podiam ser pisados com facilidade porque, sendo pessoas sozinhas e sem defesa, dificilmente recebiam apoio: uma viúva, ali, sozinha, ninguém a defendia, podiam ignorá-la, não eram justos com ela. Assim também o órfão, assim o estrangeiro, o migrante: naquele tempo era muito forte esta problemática. Diante da indiferença do juiz, a viúva recorre à sua única arma: continuar insistentemente a importuná-lo, apresentando-lhe seu pedido de justiça. E justamente com esta perseverança alcança o objetivo. O juiz, de fato, em um certo ponto a escuta, não porque é movido por misericórdia, nem porque a consciência o impõe; simplesmente admite: «Mas esta viúva já está me importunando. Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha, por fim, a me agredir!» (v. 5). Desta parábola Jesus tira duas conclusões: se a viúva conseguiu dobrar o juiz desonesto com seus pedidos insistentes, quanto mais Deus, que é Pai bom e justo, «não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele?»; e além disso, não «vai fazê-los esperar», mas agirá «bem depressa» (vv. 7-8).
Por isso, Jesus exorta a rezar “sem jamais se cansar”. Todos experimentamos momentos de cansaço e desânimo, principalmente quando nossa oração parece ineficaz. Mas Jesus nos garante: diferente do juiz desonesto, Deus ouve prontamente seus filhos, mesmo que isso não signifique que o faça nos tempos e nas maneiras que nós queremos. A oração não é uma varinha mágica! Ela ajuda a conservar a fé em Deus e a confiar n’Ele mesmo quando não compreendemos a Sua vontade. Neste sentido, o próprio Jesus – que rezava muito! – é um exemplo para nós.
[…] A parábola termina com uma pergunta: «Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a terra? » (v. 8). E com esta pergunta todos nos colocamos em vigilância: não devemos desistir da oração mesmo que ela não seja correspondida. É a oração que conserva a fé, sem ela a fé vacila! Peçamos ao Senhor uma fé que se faz oração incessante, perseverante, como aquela da viúva da parábola, uma fé que se nutre do desejo da sua vinda. E na oração experimentamos a compaixão de Deus, que como um Pai vem ao encontro de seus filhos pleno de amor misericordioso.
Papa Francisco,
Catequese do Ano da Misericórdia, 25 de maio de 2016
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 17 A 23 DE OUTUBRO DE 2016:
2ª Vm - Ef 2,1-10; Sl 99 (100); Lc 12, 13-21
3ª Vm - 2Tm 4,10-17b; Sl 144 (145); Lc 10,1-9
4ª Vd - Ef 3,2-12; Cânt.: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R/.cf.3); Lc 12,39-48
5ª Vd - Ef 3,14-21; Sl 32 (33); Lc 12,49-53
6ª Vd - Ef 4,1-6; Sl 23 (24),1-2.3-4ab.5-6 (R/.cf.6); Lc 12,54-59
Sb Br - Ef 4,7-16; Sl 121 (122); Lc 13,1-9
Dom Vd - 30º DTC - Eclo 35, 15b-17.20-22a; Sl 33/34; 2Tm 4,6-8.16-18; Lc 18, 9-14 (Oração do humilde)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Virtudes e Esperança
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Já vi escrito em muito para-choque de caminhão, que “O pobre vive de teimoso”, uma frase que embora irônica tem um fundo de verdade, pois teimosia nesse caso, é sinônimo de perseverança, paciência e esperança, virtudes que são na verdade o tempero da nossa fé, porque a fé que não persevera, que não é paciente e não traz no coração a esperança, é morta, pois segundo São Tiago, a Fé deve ser sempre vivenciada e transformada em obras. No olhar do pobre encontramos um brilho de esperança, basta ver as filas em busca de algum benefício nos bancos ou em repartições públicas, ou até mesmo em fila de liquidação nas grandes lojas, o pobre é capaz de varar o dia, a noite e a madrugada, para guardar um lugar, sempre esperançoso de alguma melhora ou benefício.
Não se quer dizer que estas virtudes sejam exclusivas do pobre, mas é que o rico não tem muita paciência e perseverança e nem seria necessário, uma vez que o dinheiro compra tudo nesta vida, fazendo com que o rico coloque toda sua segurança em seu patrimônio e no dinheiro e, portanto, essas virtudes sempre nascem e são cultivadas no coração do pobre por causa da sua necessidade, que o leva a pedir. É esse o caso dessa viúva que aparece no evangelho desse domingo, pois naquele tempo não havia leis que protegiam e davam garantias à mulher, no caso do falecimento do esposo e a viuvez, junto com a orfandade, era sinônimo de desamparo e abandono, já que o parente mais próximo do falecido, apossava-se de todos os seus bens sobrando para a viúva a triste sina de viver de esmola, pois a mulher não tinha direito de propriedade.
Na lógica humana a viúva não tinha outra alternativa se não a de resignar-se com a sua sorte, pois o juiz dificilmente iria lhe fazer justiça, já que a corda sempre arrebenta do lado mais fraco. Conformismo e resignação parecem fazer parte da índole do nosso povo, que deixa o destino da nação nas mãos de certos homens inescrupulosos, sem se importar com os rumos da política ou da economia, tornando-se uma perfeita “Vaquinha de presépio”, engolindo tudo que é sapo, ignorando a sua cidadania e seus direitos essenciais. Mas não é esse o caso da viúva, ela não se conformou com o abandono e a exploração da quais as viúvas eram vítimas e resolveu “virar a mesa” indo à luta por aquilo que considerava justo. Não se sabe quantas vezes ela bateu à porta desse juiz, mas a se julgar pelo temor do magistrado, não deve ter sido só duas ou três e nem foi tão pacífica assim. Claro que exercício de cidadania não deve ser confundido com arruaça e vandalismo.
Os maus governantes sempre tremem na base, quando o povo toma consciência de seus direitos e vai à luta por eles, foi o que aconteceu com esse juiz, que não temia a Deus e nem respeitava homem algum, mas que diante da insistência e da teimosia da mulher, acabou cedendo e atendeu o seu desejo fazendo-lhe justiça contra seu adversário, que certamente queria ficar com seus bens. O evangelho nos mostra a qualidade da verdadeira oração, que não pode ser “imediatista” e onde se quer que Deus atenda o pedido “pra ontem”, as demoras de Deus requer do verdadeiro crente a paciência e confiança.
A oração também não deve ser uma forma de se forçar Deus a fazer a nossa vontade, realizando coisas, ou consertando certas situações que são de nossa única responsabilidade. A viúva soube unir oração e ação, com uma fé consciente e responsável, que crê, persevera, insiste, persiste, espera e vai à luta, para mudar o placar adverso Deus é a força e a teimosia do pobre pois ouve sempre seu clamor e jamais deixará de atendê-lo. Aquela fé mágica e comodista, de quem só quer vento a favor e espera sempre um milagre de Deus, sem mover uma só palha, é uma fé que nada constrói e nem agrega nessa vida: QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER!
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  cruzsm@uol.com.br
2. E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Jesus conta uma parábola, a história de uma viúva insistente. Ela acreditava que o juiz iria atendê-la e fazer-lhe justiça, mas o juiz não lhe dava atenção. Ele a atendeu por causa da insistência e por medo de ser agredido. Aquela senhora não era agressiva. Ela se tornaria agressiva por causa da injustiça. Por isso dizemos que a paz é fruto da justiça, enquanto a injustiça gera violência. Você pode falar com Deus, pode até gritar diante dele, pode confiar que ele lhe fará justiça. Isto é fé, a fé que temos ou não temos.
Por isso Jesus pergunta: “Quando eu voltar, ainda haverá fé sobre a terra?” Por que a pergunta? Será que a fé corre o risco de desaparecer? Na encíclica Lumen Fidei, o Papa conta que o filósofo alemão chamado Frederico Nietzsche disse uma vez à sua irmã Elizabete que se ela quisesse alcançar a paz da alma e a felicidade, podia se contentar com a fé, mas que se quisesse ser discípula da verdade, deveria então investigar. O filósofo coloca a fé de um lado e a busca da verdade no lado oposto, como se uma não pudesse viver com a outra. No entanto, afirma o Papa, “o homem precisa de conhecimento, precisa de verdade, porque sem ela não se mantém de pé, não caminha.
Sem verdade, a fé não salva, não torna seguros os nossos passos. Seria uma linda fábula a projeção dos nossos desejos de felicidade, algo que nos satisfaz só na medida em que nos quisermos iludir; ou então reduzir-se-ia a um sentimento bom que consola e afaga, mas permanece sujeito às nossas mudanças de ânimo, à variação dos tempos, incapaz de sustentar um caminho constante na vida”.
A fé é um dom, e a investigação das verdades alimenta a fé. Quando Jesus voltar, ele encontrará fé na terra porque todos vamos trabalhar para isso. Moisés rezava e Josué vencia a batalha contra os amalecitas. Moisés abaixava os braços e Josué perdia. Na batalha da vida alguém tem que permanecer de braços abertos sem se cansar. Os braços de Jesus estão abertos, pregados na cruz, para podermos vencer a batalha contra o mal e permanecermos firmes no que aprendemos e aceitamos como verdade. Os braços pregados e abertos são de acolhida amorosa.
O juiz acolheu a viúva não por ser justo ou amoroso, mas por medo da agressão. Será este o único meio de se conseguir alguma coisa junto aos juízes deste mundo? Os braços da cruz indicam outro caminho, o da acolhida na fé que remove montanhas. A viúva insistiu e Paulo também insiste que a palavra seja proclamada oportuna e inoportunamente com a preocupação de ensinar, exortar, convencer. Com paciência crer e pesquisar, rezar e batalhar. O discípulo da verdade investiga e se torna capaz de dar ao mundo as razões de sua fé. A investigação encontrará caminhos e renovará a esperança. Temos fé de que este mundo é viável, mesmo desejando que o Senhor venha. Amalec pode ser vencido e o juiz, convencido.
3. A ORAÇÃO DO POBRE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
Com a parábola da pobre viúva, vítima da injustiça, Jesus ensinou seus discípulos a orar sem esmorecer. A oração incessante, porém, é própria de quem tem um coração de pobre.
De propósito a personagem central da parábola é uma pessoa triplamente marginalizada: por ser mulher, pobre e viúva. Sendo mulher, sua denúncia contra o injusto adversário carecia de valor. Sendo pobre, faltavam-lhe recursos materiais para mover um processo contra o opressor. Sendo viúva, não tinha marido, um homem para apoiá-la no seu pleito. Estava só, na sua fraqueza, diante de um juiz a quem competia fazer-lhe justiça. Pior ainda, tratava-se de um juiz desonesto, sem temor de Deus nem respeito pelas pessoas. A pobre viúva encontrava-se, pois, numa situação totalmente adversa. Entretanto, estava disposta a fazer valer os seus direitos. E conseguiu, por causa de sua obstinação.
Algo semelhante acontece na oração. Só recorre a Deus, com perseverança, quem se sente pobre, indefeso, consciente de que só dele provém o socorro. Não existe outra esperança. É nesta condição de total indigência que o fiel volta-se para Deus. Anima-o a absoluta certeza de ser atendido. Daí sua obstinação.
Jesus garante que o Pai está sempre pronto a acolher a oração do pobre, mesmo que o faça esperar. É necessário apenas perseverança!
Oração
Espírito de perseverança na oração, dá-me um coração de pobre, que se volta para o Pai, consciente de que só ele pode vir em socorro de minhas necessidades.

Recomendamos visitar diariamente o site da PAULINAS no seguinte endereço - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho - para completar o estudo da Palavra de Deus que compõe a Liturgia deste dia. Veja logo abaixo do texto do Evangelho as orientações de como fazer a LEITURA ORANTE, com excelentes reflexões sobre o Evangelho do Dia e como aplicar os ensinamentos de hoje em sua vida. Ideal para Estudos Bíblicos diários.FONTE:NPD BRASIL/JORNAL DE CAMOCIM
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d8

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