No seu primeiro momento Francisco se curva diante da humanidade sofredora
Neste 13 de março completam-se cinco anos do papado de Francisco. Tudo o que seria seu papado estava anunciado três gestos na noite em que apareceu diante do povo na Praça São Pedro. Estava tudo lá. Mas, somos cabeças duras –como o texto bíblico afirma textualmente por nada menos que quatro vezes em dois dos textos fundantes do judaísmo e, por consequência, do cristianismo, no Êxodo e no Deuteronômio. Não entendemos nada.
Mas Francisco apresentou o seu “programa de governo” naquela noite, com três gestos simples:
1. Escolheu o nome de Francisco – foi uma confusão! Quando seu nome como papa foi anunciado pelo cardeal francês Jean Louis Tauran, antes da entrada de Bergoglio na praça, houve confusão, que se prolongou: seria o nome tomado de Francisco Xavier, um santo do início do século XVI, jesuíta como Bergoglio, e tido como aquele que mais gente converteu ao cristianismo na história? Seria Francisco I? A confusão demorou a dissipar-se. Era apenas Francisco, como o poverello de Assis. E este Francisco, como o outro, parece ter ouvido uma voz surgida das origens da caminhada: “Francisco, vai e reconstrói a minha Igreja que está em ruínas”. Simples, pobre entre os pobres, alegre e disponível.