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sábado, 3 de dezembro de 2016

A SANTA MISSA DESTE DOMINGO DIA 04 DE DEZEMBRO DE 2016.

— SÃO JOÃO DAMASCENO
João nasceu no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco, na Síria, recebendo por isso o codinome "Damasceno". Uma das grandes figuras do cristianismo, entrou na história por causa de suas profundas obras teológicas. Viveu numa época em que o cristianismo convivia lado a lado com o Islamismo.
Na juventude João se tornou amigo do Califa, chefe muçulmano da cidade, que o nomeou seu conselheiro. Mas como era ao mesmo tempo um cristão reto e intransigente com a verdadeira doutrina, João preferiu se retirar para a Palestina. Foi ordenado sacerdote, passando a viver na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras.
Suas homilias depois eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fizeram respeitado no meio do clero e do povo. O valor que passou para Igreja foi através da santidade de vida, da humildade e da caridade, que fazia com que o povo já o venerasse como santo ainda em vida.
Escreveu obras importantes, algumas defendendo o uso das imagens nas igrejas. Esta defesa das imagens gerou conflitos e Damasceno acabou sendo denunciado para o Califa que o prendeu e mandou decepar-lhe a mão direita para que não escrevesse mais.
Morreu no ano 749, sendo chamado de “São Tomás” do Oriente.
REFLEXÃO
São João Damasceno é considerado como o mais representativo dos teólogos. Preferiu viver com Cristo às riquezas do mundo. A santidade de sua vida, humildade, caridade já eram conhecidas de tal forma, que já o veneravam como a um santo, mesmo antes de sua morte.
ORAÇÃO
São João Damasceno, intercedei junto a Deus por nós para que perdoe nossos pecados, purifique nossa mente e nosso coração. Sede para nós uma lâmpada acesa que nos faça caminhar pelo caminho reto e que nossas obras sejam feitas em conformidade aos desejos de Nosso Senhor. Amém.


04.12.2016
2º DOMINGO DO ADVENTO — ANO A
ROXO, CREIO, PREFÁCIO DO ADVENTO I – II SEMANA DO SALTÉRIO )
__ "Reino de Deus: palavra-chave do Evangelho" __

(Acender a segunda das quatro velas da coroa do Advento)
EVANGELHO DOMINICAL EM DESTAQUE
APRESENTAÇÃO ESPECIAL DA LITURGIA DESTE DOMINGO
FEITA PELA NOSSA IRMÃ MARINEVES JESUS DE LIMA
VÍDEO NO YOUTUBE
APRESENTAÇÃO POWERPOINT

NOTA ESPECIAL: VEJA NO FINAL DA LITURGIA OS COMENTÁRIOS DO EVANGELHO COM SUGESTÕES PARA A HOMILIA DESTE DOMINGO. VEJA TAMBÉM NAS PÁGINAS "HOMILIAS E SERMÕES" E "ROTEIRO HOMILÉTICO" OUTRAS SUGESTÕES DE HOMILIAS E COMENTÁRIO EXEGÉTICO COM ESTUDOS COMPLETOS DA LITURGIA DESTE DOMINGO.
Ambientação:
Sejam bem-vindos amados irmãos e irmãs!
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Fala-se muito em mudança de estrutura na sociedade civil e no corpo da Igreja. Mas as estruturas não mudam se não mudar o coração humano. A mudança do coração do homem chama-se conversão. Ela é parte essencial do cristianismo. Ela é pressuposição para as mudanças socipolíticas. Já a Conferência de Medelín lembrava: “A grande originalidade da mensagem cristã não está na afirmação de uma mudança de estruturas, mas na insistência da conversão do homem, conversão que vai exigir, depois, a mudança”. Peçamos, pois, a graça de viver sinceramente a nossa fé em todos os momentos de nossa vida.
INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, Cristo Senhor, que vem ao nosso encontro neste santo tempo do Advento, é nosso Salvador e nós queremos experimentá-lo nesta Santa Ceia, memorial da entrega que Ele fez de sua vida por nós. Em Jesus, o sonho lindo de Deus é revelado: Ele nos quer ver salvos e na paz! Que esta Eucaristia sustente nossa esperança e não nos deixe desanimar na espera da chegada de nosso Redentor.
INTRODUÇÃO DO WEBMASTER:Deus vem, portador de salvação para todos. A mensagem que acompanha sua vinda fala de paz e reconciliação. Isaías (1ª leitura) a simboliza apresentando o que se passa entre inimigos "naturais" que luta pela sobrevivência; é real e simbólica ao mesmo tempo a mensagem apresentada pelo Apóstolo (2ª leitura) entre inimigos "culturais", que se opõem por diversidade de religião. A reconciliação, que se faz na comunidade cristã, entre os que provêm do judaísmo e os do paganismo, está sempre sujeita à precariedade, ao equilíbrio instável; existe no presente e se entrega à esperança quanto ao futuro. É todavia o sinal de um mundo reconciliado em Cristo, onde não se levam em conta os privilégios de raça ("somos filhos de Abraão": evangelho) e tudo o que separa; só o que une é levado em conta: a fé no único Senhor e Salvador.
Sintamos o júbilo real de Deus em nossos corações e cheios dessa alegria divina entoemos alegres cânticos ao Senhor!


Antífona de Entrada
Povo de Sião, o Senhor vem para salvar as nações! E, na alegria do vosso coração, soará majestosa a sua voz (Is 30,19.30).
Oração do dia
Ó Deus todo-poderoso e cheio de misericórdia, nós vos pedimos que nenhuma atividade terrena nos impeça de correr ao encontro do vosso Filho, mas, instruídos pela vossa sabedoria, participemos da plenitude de sua vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário das Leituras: A Palavra de Deus anuncia que a volta do Senhor trará um tempo de paz. Ele virá como juíz que julgará a falsidade e o fingimento no coração dos homens e das mulheres. Quem se converter e se manter firme na esperança, caminhando na estrada do Evangelho, encontrará o Senhor. O Senhor que um dia virá em sua glória é o mesmo que agora se faz presente por meio de sua Palavra. Acolhamo-la como sinal do seu amor por nós.
Primeira Leitura (Isaías 11,1-10)
Leitura do livro do profeta Isaías.
Naqueles dias, 11 1 um renovo sairá do tronco de Jessé, e um rebento brotará de suas raízes. 2 Sobre ele repousará o Espírito do Senhor, Espírito de sabedoria e de entendimento, Espírito de prudência e de coragem, Espírito de ciência e de temor ao Senhor.
3 (Sua alegria se encontrará no temor ao Senhor.) Ele não julgará pelas aparências, e não decidirá pelo que ouvir dizer;
4 mas julgará os fracos com eqüidade, fará justiça aos pobres da terra, ferirá o homem impetuoso com uma sentença de sua boca, e com o sopro dos seus lábios fará morrer o ímpio.
5 A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos.
6 Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá;
7 a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi.
8 A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide.
9 Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar.
10 Naquele tempo, o rebento de Jessé, posto como estandarte para os povos, será procurado pelas nações e gloriosa será a sua morada.
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Salmo Responsorial 71/72
Nos seus dirás, a justiça florirá.
Daí ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça ele governe o vosso povo,
com eqüidade ele julgue os vossos pobres.
Nos seus dias a justiça florirá
e grande paz, até que a lua perca o seu brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio,
e desde o rio até os confins de toda a terra!
Libertará o indigente que suplica
e o pobre ao qual ninguém quer ajudar.
Terá pena do indigente e do infeliz,
e a vida dos humildes salvará.
Seja bendito o seu nome para sempre.
E que dure como o sol sua memória!
Todos os povos serão nele abençoados,
todas as gentes cantarão o seu louvor!
Segunda Leitura (Romanos 15,4-9)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.
15 4 Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança.
5 O Deus da perseverança e da consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo,
6 para que, com um só coração e uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
7 Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória de Deus.
8 Pois asseguro que Cristo exerceu seu ministério entre os incircuncisos para manifestar a veracidade de Deus pela realização das promessas feitas aos patriarcas.
9 Quanto aos pagãos, eles só glorificam a Deus em razão de sua misericórdia, como está escrito: "Por isso, eu vos louvarei entre as nações e cantarei louvores ao vosso nome"
- Palavra do Senhor!
- Graças a Deus.
Aclamação do Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas! Toda carne há de ver a salvação que vem de Deus! (Lc 3,4.6).

EVANGELHO (Mateus 3,1-12)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!
3 1 Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia.
2 Dizia ele: "Fazei penitência porque está próximo o Reino dos céus".
3 Este é aquele de quem falou o profeta Isaías, quando disse: "Uma voz clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas!".
4 João usava uma vestimenta de pêlos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre.
5 Pessoas de Jerusalém, de toda a Judéia e de toda a circunvizinhança do Jordão vinham a ele.
6 Confessavam seus pecados e eram batizados por ele nas águas do Jordão.
7 Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera vindoura?
8 Dai, pois, frutos de verdadeira penitência.
9 Não digais dentro de vós: ‘Nós temos a Abraão por pai!’ Pois eu vos digo: Deus é poderoso para suscitar destas pedras filhos a Abraão.
10 O machado já está posto à raiz das árvores: toda árvore que não produzir bons frutos será cortada e lançada ao fogo.
11 Eu vos batizo com água, em sinal de penitência, mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu e nem sou digno de carregar seus calçados. Ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo.
12 Tem na mão a pá, limpará sua eira e recolherá o trigo ao celeiro. As palhas, porém, queimá-las-á num fogo inextinguível".
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor!
HOMILIA - CREIO - PRECES
(Ver abaixo ao final desta liturgia 3 sugestões de Homilia para este domingo)
Sobre as Oferendas
Acolhei, ó Deus, com bondade nossas humildes preces e oferendas, e, como não podemos invocar os nossos méritos, venha em nosso socorro a vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
Antífona da Comunhão
Levanta-te, Jerusalém, põe-te no alto e vê; vem a ti a alegria do teu Deus (Br 5,5; 4,36).
Depois da Comunhão
Alimentados pelo pão espiritual, nós vos suplicamos, ó Deus, que, pela participação nesta eucaristia, nos ensineis a julgar com sabedoria os valores terrenos e colocar nossas esperanças nos bens eternos. Por Cristo, nosso Senhor.
FORMAÇÃO LITÚRGICA
“Creia que o melhor de Deus na sua vida ainda está por vir!”
O VERBO DE DEUS VIRÁ A NÓS
Conhecemos uma tríplice vinda do Senhor. Entre a primeira e a última há uma vinda intermediária. A primeira e a última são visíveis, mas a intermediária, não. Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens. Foi então, como ele próprio declara, que viram-no e não o quiseram receber. Na última, todo homem verá a salvação de Deus (Lc 3,6) e olharão para aquele que transpassaram (Zc 12,10). A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação. Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de sua graça; na última, virá com todo o esplendor da sua glória.
Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação.
Mas, para que ninguém pense que é pura invenção o que dissemos sobre esta vinda intermediária, ouvi o próprio Senhor: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos a ele (Jo 14,23). Lê- -se também noutro lugar: Quem teme a Deus, faz o bem (Eclo 15,1).
Mas vejo que se diz algo mais sobre o que ama a Deus, porque guardará suas palavras. Onde devem ser guardadas? Sem dúvida alguma no coração, como diz o profeta: Conservei no coração vossas palavras, a fim de que eu não peque contra vós (Sl 118,11).
Guarda, pois, a palavra de Deus, porque são felizes os que a guardam; guarda-a de tal modo que ela entre no mais íntimo de tua alma e penetre em todos os teus sentimentos e costumes. Alimenta-te deste bem e tua alma se deleitará na fartura. Não esqueças de comer o teu pão para que teu coração não desfaleça, mas que tua alma se sacie com este alimento saboroso.
Se assim guardares a palavra de Deus, certamente ela te guardará. Virá a ti o Filho em companhia do Pai, virá o grande Profeta que renovará Jerusalém e fará novas todas as coisas. Graças a essa vinda, como já refletimos a imagem do homem terrestre, assim também refletiremos a imagem do homem celeste (1Cor 15,49). Assim como o primeiro Adão contagiou toda a humanidade e atingiu o homem todo, assim agora é preciso que Cristo seja o senhor do homem todo, porque ele o criou, redimiu e o glorificará.
Dos Sermões de São Bernardo, abade
Qual é a atitude do verdadeiro cristão?
Sejamos nós o coração e os braços de Jesus...
Acessem a página de nosso blog para uma pequena reflexão sobre este assunto:
http://salverainha.blogspot.com.br/2013/07/a-atitude-do-cristao.html
Deus recebe o dízimo que oferecemos a Ele?
Sim, Deus recebe o dízimo através da comunidade. Tudo pertence a Ele. Ele é o dono; nós, os usuários. Ele não precisa de nada para Ele, mas precisa para a Sua comunidade (Igreja). Todo dízimo oferecido à comunidade é dízimo oferecido a Deus. O díizimo é uma parcela de nossos ganhos que doamos voluntariamente e de acordo com nossa vontade e nossa capacidade de doação, em agradecimento pelos dons que Deus coloca em nossas vidas. Deus vai receber este dízimo através das obras que os responsáveis pelas paróquias vão fazer utilizando os recursos recebidos.
Caríssimos, não adianta só rezar para que a Igreja faça seu trabalho e torne a vida das pessoas mais feliz e agradável aos olhos de Deus, é preciso a nossa participação direta e voluntária. A manutenção da Igreja, a conta de luz, água, a alimentação do padre, transporte, sua moradia, suas roupas e necessidades pessoais e outras despesas como limpeza ou reformas da igreja para manter em bom estado a casa onde vamos louvar a Deus dependem única e exclusivamente de nossa bondade... Pense nisso!!!
LEITURAS DA SEMANA DE 05 A 11 DE DEZEMBRO DE 2016:
2ª Rx - Is 35,1-10; Sl 84 (85); Lc 5,17-26
3ª Rx - Is 40,1-11; Sl 95 (96); Mt 18,12-14
4ª Br - Is 40,25-31; Sl 102 (103); Mt 11,28-30
5ª Br - Gn 3,9-15.20; Sl 97(98); Ef 1,3-6.11-12; Lc 1,26-38
6ª Rx - Is 48,17-19; Sl 1,1-2.3.4 e 6; Mt 11,16-19
Sb Rx - Eclo 48,1-4.9-11; Sl 79 (80); Mt 17,10-13
Dom Rx - 3º D Advento - Is 35,1-6a.10; Sl 145/146; Tg 5,7-10; Mt 11,2-11 (João Batista)
Link das Partituras dos Cantos para o Mês
http://www.diocesedeapucarana.com.br/cantos.php

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. ENDIREITAI AS ESTRADAS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Uma das brincadeiras prediletas na minha infância, vivida na Vila Albertina, era correr pelas laterais, acompanhando a “Plaina”, nome que dávamos à máquina de terraplanagem, que por aqueles tempos, em que as ruas Albertina Nascimento e Tarcísio Nascimento não eram asfaltadas. Causava-nos admiração quando a “Plaina” apontava na Rua do Comércio, entrando pela Vila para aplainar a rua, acabando com os buracos e desníveis, deixando-a alinhada.
Nós meninos, ficávamos estupefatos em ver como aquela lâmina poderosa derrubava facilmente as saliências, e preenchia os buracos, ao mesmo tempo em que aplainava deixando a rua bem mais acessível e transitável para os pedestres, charretes, carroças, e um ou outro carro ou lambretas, que passavam por ali. Pois esta é a palavra de ordem que João Batista, o mensageiro do Senhor grita no deserto, e que o profeta Isaias havia predito “Preparai os caminhos do Senhor, endireitai as estradas, aplainai os morros e nivelai os buracos!”.
O coração humano muitas vezes é uma estrada de chão batido, toda esburacada, cheia de valetas, tortuosa e completamente inacessível! Como é que a graça de Deus vai entrar na vida de alguém com coração assim? É muito difícil! Assim estava a humanidade antes de Jesus trazer a Salvação. Não dava para o homem chegar a Deus e muito menos ele chegar e entrar na vida do homem, por causa da “buraqueira” e saliências do orgulho, da vaidade do pecado.
Jesus vem do Pai, com a força mil vezes maior do que a máquina de terraplanagem, com a sua lâmina afiada e poderosa da graça de Deus, para derrubar por terra o monte do mal e do egoísmo, para aterrar o abismo do ódio, da inimizade e das divisões existentes em nossa vida. O Batismo de João é apenas uma preparação para receber o novo e verdadeiro Batismo, que Jesus trouxe, no fogo do Espírito Santo. Se quisermos recorrer novamente à imagem da rua esburacada, poderíamos dizer que o Batismo pelo fogo é como o asfalto, que muda definitivamente o visual da rua, que nunca mais ficará esburacada e desalinhada (se o asfalto for de primeira).
O anúncio feito pelo Batista, de que o Reino estava chegando com Jesus, era como os meninos que avistavam primeiro e alvoroçados gritavam aos demais “A plaina está chegando!”, provocando em todos uma grande euforia, expectativa e alegria em saber, que pelo resto do dia a veríamos trabalhar, nivelando os barrancos e empurrando grandes porções de terra com sua força descomunal.  Assim, em cada advento, o Senhor nos revela que a força de sua graça poderá destruir tantos abismos e buracos na relação entre as pessoas, nos grupos sociais, nas comunidades cristãs e até entre as Nações.
Mas assim como aquele serviço de melhoria da rua era solicitado por alguma autoridade do Distrito, ao Município de Sorocaba, também é necessário que a gente tenha no coração este desejo sincero de mudar de vida e converter, permitindo que o Salvador venha para nos renovar e libertar, pois sem a nossa adesão à obra da salvação, o nosso coração continuará triste, como uma rua deserta e esburacada, onde Deus não pode entrar.
A pregação de João Batista, anunciando que o Senhor viria, é um convite e um alerta, para que abramos o nosso coração a Deus, tornando acessível à salvação e a graça que Jesus nos oferece. E quando Deus tem acesso à nossa vida, e nós temos acesso ao coração do Pai, através de seu Filho Jesus, tornamo-nos outras pessoas, pois passamos a viver de um jeito diferente. A rua alinhada e nivelada não só ganhava um visual novo, mas as pessoas podiam andar com mais segurança, sem ter de desviar dos buracos ou medo de virar o pé. Assim é que esta conversão a que somos chamados, neste tempo litúrgico do advento, não pode ser só de fachada.
João vivia no deserto, lugar de reflexão e experiência de Deus, lugar e tempo de tomar decisões importantes, como aquele povo conduzido por Moisés tomou, na travessia do deserto, onde conheceu a Deus e fez com Ele uma aliança. Foi também no deserto que Jesus, após o batismo, superou as tentações e ratificou a missão que o Pai havia lhe confiado. É no deserto que no Evangelho deste domingo aparece João, vestindo e se alimentando de um jeito diferente, anunciando este tempo novo, onde os corações aplainados e retos irão se inundar da copiosa graça redentora, oferecida por Jesus de Nazaré.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail  jotacruz3051@gmail.com
2. Preparai o caminho do Senhor
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2016’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Uma figura profética surge no deserto da Judeia. Veste-se e vive de forma austera e chama para a conversão: Convertam-se que o Reino de Deus está próximo. A ele se referia o profeta Isaías quando disse: Voz do que clama no deserto. Preparem o caminho do Senhor. Este é João. Figura profética, homem do deserto, personalidade forte de costumes austeros. Surge no meio do povo e chama todos à conversão porque o juízo final está para acontecer. Reino dos Céus é o termo do caminho e acontecerá depois que passar o Dia da ira de Deus. Ele está chegando para a prestação de contas. Passa a vida, mas ficam as contas, não as do armazém, as da vida a serem ajustadas no Dia da ira do Senhor.
Muitos iam a João, até mesmo fariseus e saduceus. A estes e a todos João chamava de víboras, serpentes em fuga diante da aproximação do fogo do Dia da ira de Deus. Produzam logo frutos de conversão porque a árvore já vai ser cortada. E não pensem que passarão ilesos pela ira de Deus por terem recebido este batismo ou por serem filhos de Abraão. Conversão por dentro e conversão por fora, que se possa ver e seja verdadeira. A voz profética de João vai revelando a santidade do amor de Deus para com seu povo. Nosso Deus é santo, temos que ser como ele, que nos ama e por isso quer a nossa conversão.
João prega forte para o bem do seu povo. Não critica nem condena. Apela para a conversão para que sejam verdadeiramente o Israel de Deus. João não é um crítico de fora. É voz profética que ressoa dentro. Depois de João virá o mais forte, aquele que batizará com o Espírito Santo e com o fogo e limpará a plantação queimando a palha num fogo que não se apaga. Água e fogo, dois elementos da natureza para a purificação, projetam o fiel para o dia da ira. Ritos batismais e descendência abraâmica não nos salvam sem uma conversão interior. Por ser misericordioso, o Juiz precisa ser levado a sério. Tudo o que outrora foi escrito e lemos nas Escrituras, foi escrito para nossa instrução. Permaneçamos firmes na esperança.
3. CONVITE À CONVERSÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php).
O apelo premente lançado por João Batista aos que se apresentavam para serem batizados exigia ser acolhido no mais íntimo do coração, onde a conversão deveria dar seus primeiros frutos. A preparação para acolher o Messias requeria dos crentes reformular seu modo de pensar e agir (metánoia), cujo sinal seria a predisposição a abandonar o caminho do mal e do pecado para trilhar o caminho do amor e da justiça.
A figura austera do Batista e sua linguagem inflamada não davam margem para dúvida. Urgia converter-se sem demora, pois a manifestação do Reino corresponderia a uma espécie de juízo divino sobre a história humana. Num linguajar metafórico, anunciava que as árvores que não produzissem frutos bons seriam cortadas e jogadas no fogo. Quem não fosse capaz de produzir "frutos dignos de conversão" seria objeto da ira divina.
Os escribas e saduceus que faziam parte do auditório, conhecidos por sua espiritualidade superficial, foram alvos das invectivas do Batista. Seu modo de proceder, falsamente piedoso, era desaconselhável. Deus não se deixa impressionar com exterioridades, pois perscruta os corações, onde espera encontrar sinais de conversão.
A presença iminente do Messias exige uma pronta decisão. E a prudência pede que seja tomada sem demora. O Reino não se faz esperar. Quem recusa a se converter, será deixado de fora. O Messias Jesus, porém, quer acolher a todos.
Oração
Pai, a presença do Reino na nossa história exige de mim contínua conversão. Que eu esteja sempre pronto a deixar o pecado para abraçar o amor misericordioso como projeto de vida.

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Fonte:NPD Brasil/jornal de camocim
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d1

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