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domingo, 2 de abril de 2017

DESIDRATADAS: MENOS ÁGUA,MAIS FIBRAS.

Ricas em antioxidantes, as frutas secas devem ser consumidas com moderação e cautela. Saiba por quê

FONTE:DN/VIDA
Vida
As frutas secas ocupam cada vez mais espaço em dietas ricas em fibras e nutrientes. A desidratação, que acentua o sabor e a cor das frutas, consiste na perda parcial de água pelo alimento maduro. O açúcar natural da fruta se concentra com a retirada da água, obtendo-se um produto menos perecível e, consequentemente, disponível em qualquer período do ano. "Entre os benefícios está a preservação de vitaminas, de minerais e do sabor diferenciado", destaca a nutricionista Nathália Lobo.
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O processo de desidratação possui um papel essencial no trânsito intestinal. Como possuem muitas fibras, as frutas secas auxiliam na saúde do intestino, prevenindo, por exemplo, a ocorrência de hemorroidas e constipação. Importante: o consumo regular de água ajuda nesse processo.

O lado bom das frutas sem água ajuda, ainda, a saúde cardiovascular e a prevenção de doenças como o câncer. Os polifenóis, substâncias associadas à melhora do fluxo sanguíneo e à saúde do intestino, integram um dos grupos de antioxidantes encontrados nas frutas.
No entanto, o uso indevido da desidratação pode trazer prejuízos. Um dos mais significativos é a perda de parte da vitamina C (ácido ascórbico), possivelmente a mais sensível das vitaminas contidas em alimentos. "Ela se perde em razão do calor empregado na secagem. Mas é próprio de cada alimento e varia de acordo com a atividade da água nos mesmos", diz a nutricionista.
Restrição e moderação
Alguns grupos específicos, como das pessoas com diabetes e alergias, precisam estar atentos ao consumo de frutas secas. Os diabéticos devem observar a presença dos carboidratos (que viram glicose no sangue e podem provocar picos de glicemia).
As frutas contêm açúcar, que se torna concentrado quando são desidratadas. Então, a indicação é válida para qualquer tipo de carboidrato.
É bom lembrar que há pessoas alérgicas a abacaxi, que devem evitar o consumo da fruta (in natura ou desidratada). É necessário atenção, pois algumas espécies mistas desidratadas podem não trazer abacaxi no pacote, embora esta fruta pode ter entrado em contato com outras que estavam no mesmo local.
Com a desidratação, o tamanho da fruta diminui, o que provoca a falsa impressão de se estar comendo menos, mas é preciso lembrar que apenas a água foi retirada.
De olho na porção
A Pirâmide Alimentar, o guia para a boa alimentação criado pelo Ministério da Saúde em 1999, recomenda o consumo médio de três porções de frutas por dia. As desidratadas podem substituir uma dessas porções, desde que na proporção adequada.
Um pacote de banana desidratada, por exemplo, chega a ser maior que uma porção (uma unidade média da banana in natura). Na dieta, as frutas sem água são sugeridas em uma parte que não deve ultrapassar a porção da mesma fruta em estado natural.
Apesar de benéficas à saúde, as porções de frutas desidratadas (consumidas no intervalo dos lanches) devem se restringir a algo em torno de 30 a 40 gramas.
Processo bem-vindo
Devido à crescente procura por alimentos desidratados, é importante lembrar que os legumes e verduras também estão aptos a passar pelo processo. Entre as vantagens da praticidade desses alimentos está a facilidade de transporte e de armazenamento, por não necessitarem de refrigeração.
A compatibilidade com outros alimentos é levada em conta. Sopas instantâneas com vegetais desidratados, sucos de fruta em pó, tomate seco e cápsulas de mandioca podem ser ingeridos juntamente com os legumes e verduras.
Em algumas ocasiões, o legume propriamente dito não é utilizado, mas sim suas folhas. A mandioca e a batata-doce, por exemplo, têm suas folhas empregadas para a produção de cápsulas. As cascas das frutas também podem ser usadas no processo de desidratação, por concentrarem alguns micronutrientes, como ferro, cálcio e potássio. Leite em pó, batatas, frutas, tomate seco, ervas, carnes (charque), sopas e temperos são os itens mais comuns nas prateleiras dos supermercados podem ser consumidos com segurança.
O processo de desidratação data de 1795, quando entrou em operação, na França, a primeira máquina para retirar a água das frutas.

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