MÃE DE BEBÊ COM PARALISIA CEREBRAL FAZ CAMPANHA PARA SUA FILHA CONSEGUIR ANDAR.

A página “Bruna quer andar” arrecada dinheiro para que a família possa arcar com os altos custos da cirurgia da menina

Por Deborah Tavares em Cotidiano

Ao nascer, com 32 semanas, a cearense Bruna Maria foi para a UTI, onde permaneceu por um mês e quatro dias. Uma apneia resultou em falta de oxigenação no cérebro. O diagnóstico foi paralisia cerebral.

Bruna tem 4 anos e é uma menina sorridente. (FOTO: Reprodução/ Facebook)

“É tudo meio surreal. Já tinha perdido um bebê e foi mais uma gravidez toda de risco”, conta Brenda Castro, de 32 anos, mãe de Bruna.

A partir daí, ela sabia que a vida ao lado de sua filha seria um desafio. “Foi a vivência de uma mãe de primeira viagem dentro de uma UTI. Eu lutei desde o começo. Levei ela para fazer tratamentos, sempre fui buscando”.

A paralisia limitou o movimento das pernas, de um dos braços e a visão de Bruna, que tem estrabismo. Hoje, com 4 anos, a pequena tem suas limitações, mas, segundo a mãe, é uma menina feliz e muito sorridente.

“Às vezes, a gente sofre, mas descobre que não é só a gente que tem esse problema. Eu posso estar estressada, mas ela alivia meu dia. Eu não tenho o direito de estar triste se ela está feliz, não tem tempo ruim para ela”, descreve.

Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, equoterapia, natação, psicologia, médicos. Apesar de todo o apoio de amigos e familiares, Brenda percebeu que não conseguiria dar conta de tudo sozinha. Da possibilidade de fazer uma cirurgia que mudaria a vida de Bruna, além de todos os outros gastos, nasceu a página no Facebook “Bruna quer andar”.

Nessa busca, Brenda descobriu um procedimento cirúrgico chamado Rizotomia Dorsal Seletiva (RDS), capaz de tratar a espasticidade, rigidez nos músculos causada pela paralisia.O maior desejo de Brenda é dar uma melhor qualidade de vida para sua filha, que, hoje, tem dificuldade de andar sem a ajuda de outra pessoa. “Não é só a questão de voltar a andar. Eu tento encontrar meios, que não são fáceis”.

No Brasil, a cirurgia é feita por poucos profissionais. Bruna se prepara para passar pelo procedimento em abril no município de Joinville, em Santa Catarina. “A minha fé é que o médico é instrumento para chegar lá e que Deus vai abençoar todo o processo”, diz a mãe.

Com a impossibilidade de Brenda arcar com todos os custos, a página no Facebook deu início a uma verdadeira corrente de solidariedade. “Tem muita gente compartilhando. As pessoas acreditam, ainda gostam de ajudar os outros. Eu não tinha condições de fazer tudo sozinha. Graças a Deus, as pessoas tão ajudando demais. A gente está em prol de um sonho”, define Brenda.

Saiba mais sobre a história de Bruna: Bruna quer andar

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