Volante era o mais jovem titular da seleção na Copa do Mundo de 70
Por Sergio du Bocage, repórter da TV Brasil - Rio de Janeiro
O futebol brasileiro festejou, neste domingo (21), os 50 anos da conquista do terceiro título mundial, na Copa do México, em 1970. A seleção liderada por Pelé, bicampeã do mundo em 1958 e em 1962, voltava ao alto do pódio e conquistava, de vez, a sonhada Taça Jules Rimet. O mais jovem titular daquela conquista era o volante Clodoaldo, de 20 anos, que jogava no Santos. Se Pelé deixou a marca na Copa com lances inesquecíveis, o Corró, como era conhecido entre os santistas, também está na história. Ele foi o autor de um dos gols mais importantes daquela caminhada.
“Eu joguei as seis partidas da Copa, mas o jogo contra o Uruguai é bem marcante porque vivemos dois momentos bem diferentes nos 90 minutos. Nosso primeiro tempo foi o pior da Copa, a gente saiu em desvantagem no marcador. Lembro que faltavam pouco mais de dez minutos para o intervalo e o Gérson e o Carlos Alberto Torres me chamaram e mandaram eu sair para o jogo. Era uma ordem”, lembra Clodoaldo. “Eu jogava de volante, ficava mais na marcação. Mas a partir dali fui descobrindo espaços, o Gérson recuou. Até que surgiu a oportunidade, tabelei com o Tostão e empatei a partida. No vestiário, o Zagallo nem deu preleção, ele deu uma bronca, mexeu com nossos brios, falou do país, disse que a gente estava pensando na Copa de 50 e respeitando demais o Uruguai. No segundo tempo o time foi espetacular, talvez os melhores 45 minutos que fizemos no México”, diz ele.