Em 2017, a vacina contra HPV passa a ser oferecida, em todo o Brasil, para os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos. A imunização, que já é destinada às meninas, pode prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, refletindo diretamente na redução dos casos de HPV, bem como nas mortes provocadas pelo vírus.
O Ministério da Saúde reuniu algumas informações para responder os principais questionamentos das famílias, adolescentes e público em geral, bem como explicar a importância da vacinação.
1 - Qual é o público-alvo de vacinação contra HPV definido pelo Ministério da Saúde?
Meninos: Em 2017, a vacina HPV será disponibilizada para a faixa etária de 12 a 13 anos, considerando o intervalo de seis meses entre as doses. Mas, até 2020, a faixa etária masculina será ampliada gradativamente para meninos a partir de nove anos de idade.
Meninos e homens vivendo com HIV/Aids: Em 2017, todos os homens vivendo com HIV/Aids, entre nove e 26 anos, deverão receber a vacina, sendo o esquema de 3 doses (0, 2 e 6 meses). Nesses casos, é necessária a prescrição médica.
2 - Qual é o número de doses que os meninos terão de tomar?
Para os meninos, está disponível a vacina HPV quadrivalente, em 2 doses. A primeira dose deve ser tomada entre 12 a 13 anos e, a segunda, 6 meses depois. Para a segunda dose, é importante entender que se a criança foi vacinada dentro do limite da faixa etária, estipulada até 13 anos, ela terá de tomar a segunda dose ainda que já tenha completado os 14 anos.
Já para os meninos e homens vivendo com HIV/Aids é diferente. Estão disponíveis 3 doses, com intervalo de 2 e 6 meses.
3 - A vacina é por via oral ou é injeção?
O procedimento é realizado via intramuscular, ou seja, injeção de apenas 0,5 ml em cada dose.
4 - Quem já teve diagnóstico de HPV pode vacinar?
Pode! Desde que esteja na faixa etária estipulada. Existem estudos com evidências promissoras de que a vacina previne a reinfecção ou a reativação da doença.
5 - Por que a vacina HPV não é introduzida para todas as faixas etárias no País?
A vacina é potencialmente mais eficaz para adolescentes vacinados antes do seu primeiro contato sexual, uma vez que a contaminação por HPV ocorre juntamente ao início da atividade sexual.
6 - A proteção dura a vida toda?
Até o momento, sabe-se com convicção que a vacina pode proteger por 9 anos, mas a imunidade relacionada à vacina ainda não foi determinada, principalmente pelo pouco tempo em que é comercializada no mundo, que é desde 2007.
Embora se trate da mais importante novidade que surgiu na prevenção à infecção pelo HPV, ainda é preciso aguardar o resultado de estudos em andamento para fornecer mais dados sobre a duração da proteção e necessidade de doses de reforço.
7 - A vacina HPV pode ser administrada concomitantemente com outra vacina?
A vacina HPV quadrivalente pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação (PNI), sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas.
8 - A vacina HPV provoca algum efeito colateral?
A vacina contra o HPV é uma vacina segura e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já é utilizada como estratégia de saúde pública em quase 100 países que realizaram a aplicação de mais de 175 milhões de doses desde 2006, sem registros de evidências que pudessem pôr em dúvida a segurança dessa imunização.
Os eventos adversos mais comuns relacionados à vacina HPV são os mesmos relacionados às outras vacinas, como reações locais (dor, inchaço, e vermelhidão), dor de cabeça e febre, em menor incidência. Eventualmente, podem ocorrer desmaios, formigamento nas pernas, fatos que podem ser observados ao se aplicar medicações injetáveis em adolescentes e não relacionado especificamente à vacina HPV, mas ao medo de tomar injeção.
9 - O que fazer se sentir alguns desses sintomas após ser vacinado?
Recomenda-se que a pessoa permaneça sentada por 15 a 20 minutos, imediatamente após receber a vacina sem fazer esforços para prevenir possíveis reações.
No caso da aparição de sintomas, durante os dias posteriores ao da vacinação, recomenda-se procurar uma unidade de saúde mais próxima relatando o que sentiu ou o que está sentindo.
10 - Em quais situações a vacina contra o HPV não deve ser administrada em meninos/homens?
A vacina HPV é contraindicada e, portanto, não deve ser administrada em meninos/homens com:
hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer um dos excipientes da vacina;
história de hipersensibilidade imediata grave à levedura; ou que desenvolveram sintomas indicativos de hipersensibilidade grave após receber uma dose da vacina HPV;
Vanguarda
O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. A faixa-etária será ampliada gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos
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