Senadores do PMDB e do PSDB também devem entrar na lista
Fonte:DN/Nacional
De acordo com a Folha de São Paulo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedirá ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), ambos do governo de Michel Temer.
O pedido deve acontecer nos próximos dias. Senadores do PMDB e do PSDB citados nas delações premiadas da Odebrecht também devem entrar na lista. A PGR deve investigar o presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE), o líder do partido e ex-presidente, Renan Calheiros (AL) e os senadores Edison Lobão (MA) e Romero Jucá (RR), além dos tucanos José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
Janot vai requerer o desmembramento para instâncias inferiores de casos envolvendo políticos sem foro no Supremo que também foram citados nos depoimentos, entre eles os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o marqueteiro João Santana e governadores, ex-governadores e parlamentares.
O procurador-geral planeja entregar todos os pedidos de uma vez a Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. As solicitações podem passar de 40 e mais detalhes sobre os inquéritos serão concluídos até segunda-feira (6). Janot vai sugerir diligências, incluindo depoimentos e quebra de sigilos bancários e fiscal.
As solicitações serão acompanhadas de documentos e gravações sobre cada nome investigado, cabendo a Fachin abrir os inquéritos ou manter em sigilo.
A Folha também reforça que Janot estuda a viabilidade jurídica de incluir ou não o presidente Michel Temer como alvo de inquérito. As delações incluem Temer em episódios quando ele ainda era vice-presidente, em 2014, quando participou de um jantar no Palácio do Jaburu com Marcelo Odebrech, e quando ainda era deputado e candidato a vice de Rousseff, em 2010, quando teria participado de uma reunião com a empreiteira para discutir repasse de recursos.
Pela Constituição, o presidente não pode ser investigado por atos cometidos fora do período do mandato. A PGR discute se o cargo de vice pode ser considerado um "mandato presidencial". Caso seja, o STF pode autorizar a investigação da participação de Temer no jantar de 2014.
Os ministros do governo Temer e senadores tucanos e peemedebistas que serão alvos da PGR têm negado qualquer irregularidade relatada por executivos da Odebrecht.
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