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terça-feira, 18 de outubro de 2016

EM UM MÊS DE REVISÃO, O INSS CANCELA 80% DOS AUXÍLIOS-DOENÇAS.

Edição do dia 18/10/2016

Economia para os cofres públicos pode ser de R$ 139 milhões.
Meta é revisar 530 mil benefícios por incapacidade.











INSS está revisando a lista de brasileiros que recebem auxílio-doença e já cancelou 80% dos benefícios.
Jean está afastado do emprego de vendedor há um ano e meio por causa de uma operação na coluna. Para continuar recebendo o auxílio-doença, ele foi para uma nova perícia. E acha que deve ser assim mesmo, tudo feito direitinho.
“Tem muitas pessoas recebendo isso aí sem ter nada, nenhuma doença. E tem pessoas que têm uma doença e não conseguem receber”, diz o vendedor Jean Marques da Fonseca.
É por isso mesmo que o governo está fazendo um pente-fino nos benefícios. Mal começou o trabalho - há um mês - e em 10.894 perícias já foram encontradas irregularidades em 8.442 auxílios-doença. Ou seja, oito em cada dez benefícios reavaliados estão sendo cancelados.
Isso deve representar uma economia R$ 139 milhões para os cofres públicos.

Numa sala o INSS está recebendo os dados de todo o país. Para essa primeira checagem estão sendo chamados os beneficiários com até 45 anos de idade. Eles recebem uma carta e têm até cinco dias para marcar a perícia.
Até agora, quase 80 mil pessoas foram convocadas. E a meta é revisar 530 mil benefícios por incapacidade.
O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, ao qual o INSS agora está subordinado, diz que o grande número de irregularidades não surpreende, porque os benefícios que foram avaliados são de pessoas que estão há mais de dois anos sem fazer perícia.
“O INSS deveria ter revisado esses benefícios de seis em seis meses. Não o fez. É importante que as pessoas tenham em mente que, na medida em que omitem a sua condição de saúde, elas estão prejudicando os outros contribuintes. Nenhum benefício será cancelado intempestivamente, ou sem a que as pessoas tenham direito a se apresentar a uma perícia. E todas elas, todas serão chamadas por carta com aviso de recebimento”, explica o secretário-executivo Alberto Beltrame.

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