O governador Camilo Santana lançou, nesta quinta-feira (13), 25 novas Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) para compor a rede pública estadual. Com o incremento, a jornada ampliada chega a 38% das unidades de ensino. O evento de lançamento ocorreu no Palácio da Abolição e contou com a presença da vice-governadora Izolda Cela, da secretária da Educação, Eliana Estrela, de estudantes, professores e gestores escolares.
Durante a solenidade, o governador visitou estandes com exemplos de projetos desenvolvidos pelos alunos durante o contraturno escolar. “São experiências interessantíssimas, que podem inclusive virar negócios futuramente. O tempo integral é uma estratégia importante para o Ceará e o Brasil e nossa meta é a cada ano ampliar a quantidade de escolas nessa modalidade”, projeta Camilo Santana.
Wesley Silva tem 17 anos e é aluno da EEMTI Maria Alves Carioca, em Fortaleza, onde cursa a 3ª série do Ensino Médio. O jovem, que já é veterano no tempo integral e participa da disciplina eletiva de Música, considera a experiência enriquecedora. “Minha evolução como pessoa se dá pelo fato de a escola se preocupar com a maneira como o aluno se desenvolve. A música me ajuda na concentração, no foco e na determinação, fazendo eu me formar um ser humano melhor. É uma oportunidade de aprimoramento pessoal e profissional”, considera.
O estudante Cícero Oliveira, de 16 anos, cursa a 2ª série do Ensino Médio na EEMTI Alda Férrer Augusto Dutra, em Lavras da Mangabeira. Uma das eletivas de que participa, denominada Práticas Laboratoriais de Biologia, fomenta a concretização de ideias ambientalmente sustentáveis. “O projeto incentiva a troca dos sacos plásticos utilizados em mudas de plantas por sacos ecológicos, feitos a partir do papel reciclado e da fibra de coco. O material servirá de nutriente para as mudas e se decomporá mais rapidamente, em torno de dois meses. A escola de tempo integral proporcionou isso a mim”, salienta.
O governador Camilo Santana observa, ainda, o diferencial deste modelo de escola, que permite a construção do currículo complementar de acordo com as demandas dos alunos e da comunidade. “A escola precisa ser atrativa, a partir do que oferece como diferencial. Não é um currículo imposto de cima para baixo, mas conta com a participação dos jovens na escolha das disciplinas eletivas”, ressalta.
Crescimento
Com a ampliação, 277 das 728 unidades de ensino passaram a ter a jornada prolongada. Deste total, 155 são Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTIs) e 122 são Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs).
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