Vidas em Trânsito venceu na categoria Reportagens Jornalísticas
Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
A TV Brasil conquistou hoje (12) o Prêmio Patricia Acioli de Direitos Humanos na categoria Reportagens Jornalísticas. A reportagem Vidas em Trânsito tratou dos venezuelanos que chegam em São Paulo fugindo da fome e foi ao ar no programa Caminhos da Reportagem no dia 17 de maio deste ano.
imagens da internet
A repórter Aline Beckstein, que representou a equipe na cerimônia de premiação, disse que a conquista do prêmio reforça a importância da comunicação pública no país. “A juíza Patrícia Acioli foi uma mulher muito corajosa e inspira muito todo mundo. Esse prêmio é uma conquista não só da minha equipe, que trabalha no Caminhos da Reportagem em São Paulo, mas de toda a TV Brasil e da comunicação pública. Esse prêmio realmente demonstra a importância da comunicação pública para o país”, disse.
A jornalista pediu ainda uma reflexão sobre o tema dos refugiados em tempos de tensão. “Que a gente possa lembrar não da boca para fora, mas com o coração mesmo, de que realmente, o Brasil é um país formado de imigrantes e cada um de nós tem na sua história, avós, bisavós que vieram de fora do Brasil e em algum momento precisaram da nossa ajuda. Óbvio que todo mundo sabe disso, mas até que ponto a gente sabe no coração e sente isso?”
A reportagem foi de Bianca Vasconcellos, de Priscila Kerch e de Aline Beckstein e Paula Abritta, as duas últimas responsáveis também pela produção junto com Thaís Rosa e Henrique Cruz (estagiário). As imagens foram de Alexandre Nascimento, Cadu Pinotti, Gilmar Vaz, João Marcos Barboza e Pedro Gomes, com auxílio técnico de Caio Araújo, Daniel Teixeira, Eduardo Domingues, Maurício Aurélio e Rafael Carvalho. A edição de imagens e finalização coube a Maikon Matuyama e Rodger Kenzo e apoio de Karina Scarpa. O roteiro e a direção foi de Bianca Vasconcellos.
A reportagem vencedora acompanhou as famílias venezuelanas no trajeto do avião da Força Aérea Brasileira (FAB) de Roraima a São Paulo, mostrando a vida de quem veio para o país em busca de uma vida melhor.
Outras categorias
Na categoria Práticas Humanísticas, o promotor Francisco de Jesus Lima conquistou o primeiro lugar com o projeto Banco de Dados Leoneide Ferreira, mais conhecido como iPenha, que foi incorporado ao Sistema Integrado do Ministério Público do Piauí em novembro de 2014, para identificar os crimes de violência contra mulheres.
“Os indicadores nos dão uma visão real de onde ocorre a violência no Piauí”, disse o promotor. Leoneide foi uma vítima do marido após várias tentativas de evitar que o crime ocorresse. “Ela levou 17 facadas do marido”.
Houve também entrega de prêmios nas categorias de Trabalhos Acadêmicos e de Trabalhos dos Magistrados. Ao todo a Comissão Julgadora selecionou 18 finalistas que souberam as suas classificações durante a cerimônia no Pleno do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade, que teve a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Os projetos escolhidos tratam de temas como escravidão, fome, refugiados, violência urbana, feminicídio e prolongamento artificial da vida.
O Troféu Hors-Concours foi entregue a Cáritas, uma instituição vinculada à Arquidiocese do Rio de Janeiro, que atua no acolhimento de refugiados.
Recorde
De acordo com a organização, o 7º Prêmio registrou um recorde na sua história, com o recebimento de 355 trabalhos. Organizado pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (AMAERJ), a premiação foi criada em 2012, para celebrar a memória da juíza Patricia Acioli, que foi morta por policiais militares em 2011, com 21 tiros, quando chegava em casa, em Niterói, após o trabalho na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, região metropolitana do Rio. A juíza era considerada severa no julgamento de crimes cometidos por policiais militares.
Edição: Fábio Massalli
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