por Ricardo Narciso da Rocha
(postado originalmente no Facebook)
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José Siebra Lopes foi um homem destemido, nascido em Itapipoca - Ceará, depois de bem criado por seus pais, enquanto criança, era um menino magriço e que, por toda a sua vida se manteria dessa forma: Um homem de estatura mediana, moreno e magro. Já eram os anos cinqüenta e foram anos de grande progresso para o Brasil porque estava no poder presidencial o querido presidente Juscelino Kubitischek de Oliveira. Como era um homem novo e de bom tino comercial, o Senhor Siebra à época mantinha bons contatos com comerciantes da sua cidade natal e com comerciantes de Fortaleza. Também, Siebra, - nome no qual era mais conhecido na cidade -, em tempos de vacas magras nas décadas de 50 para 60 do século 20 tornara-se um vendedor nato, pois, como sabemos o Brasil estava em expansão, no entanto, ainda era um país agrícola. E, mormente, as importações de produtos manufaturados eram praticamente de tudo que você poderia imaginar. Importava-se até agulha de costura, roupas, sapatos dentre outras coisas. O Senhor José Siebra fez cursos de vendas em Fortaleza na grande empresa Singer do Brasil para cada vez mais se aperfeiçoar no que diz respeito a vendas de maquinas de costura. Naquela época era uma febre entre as mulheres que por necessidade tinham que ter uma maquina de costura em casa. Pois muitas famílias não tinham condições de comprar as roupas prontas. Geralmente, elas compravam a fazenda (tecidos), compravam os aviamentos (linhas, agulhas e botões) no comercio e depois como verdadeiras heroínas faziam as roupas do marido e dos filhos em casa mesmo, e claro, utilizando as famosas máquinas Singer. Praticamente a Singer era a maquina de costura que mais vendia no Brasil. Portanto, José Siebra adquiriu a representação das máquinas Singer, saiu de Itapipoca e foi para a cidade de Camocim. Já bem casado com a Senhora Elsanira e desse matrimônio foi presenteado com 12 filhos (Os Siebras de Camocim). Ele chegou à terrinha do peixe exatamente no ano de 1960 com a sua representação das máquinas Singer. Passaram-se alguns anos, ele ficou muito bem de vida e se tornou um grande empresário em vários segmentos do comércio camocinense, como: Eletrodomésticos, barcos de pesca (5), posto de gasolina bandeira BR e vendas de bois para abate no mercado público de Camocim. A loja mais conhecida dele era a Loja Siebra que ficava em frente à Praça Pinto Martins. Porém, a saga dos Siebras estava apenas começando. Porque o José Siebra não tava de brincadeira não. E do amor "roxo" desse casal muito forte na fé e vigor na saúde, nasceram muitos rebentos que iriam dar a essa família grande reputação - vitorias em vários tempos e de vários modos. O primeiro rebento que nasceu foi a Elenita que hoje em dia é formada em História, depois nasceu o Zezinho Siebra que é do ramo de pescado e trabalha para a empresa de pescado: Miracema Fortaleza, depois o Diolinger (Dió) que é técnico em refrigeração e matem sua empresa em Camocim. Depois veio o Walfran Siebra que é atualmente aposentado da Policia Federal e mora em Itapipoca. Depois nasceu a Waldira que é uma Técnica de Enfermagem, depois nasceu o João Siebra, formado em Contabilidade, depois a Irani que é formada em Serviço Social, depois nasceu o grande Waldy Filho formado em Educação Física. (El matador) Um dos maiores jogadores de Futsal de todos os tempos de Camocim. Depois nasceu o Roberto Siebra (Beto) que é formado em Farmácia, mas não exerce essa sua profissão. Entretanto, passou em concurso publico para a policia civil sendo, portanto, um policial civil. Depois nasceu o Euzenio Siebra que é formado em História, é professor e pastor. Depois nasceu o Márcio Siebra que é técnico em computação e por fim, nasceu o José Siebra (Siebrinha) que é formado em Biologia. É professor no município de Fortaleza. -Bem, eu estou digitando sobre a vida do Senhor José Siebra e, portanto, vou retornar ao texto que discorria anteriormente-. Bem, o Senhor José Siebra não ficava parado só nos seus empreendimentos. Ele foi um homem que tinha uma visão nova do mundo. Sendo um homem que: Interessa-se ativamente pelo bem-estar cívico, cultural, social e moral da comunidade, preocupado em servir às comunidades sem recompensa financeira pessoal. Estimulando a eficiência e promovendo um padrão de ética no comércio, na indústria, nas profissões, no serviço público e empreendimentos privados. Eis o que pensava preocupado com os caminhos e destinos que seguiam à cidade de Camocim. Então, entrou em contato com irmãos Leoninos de Sobral e Fortaleza se associando ao Lions Clube Internacional sendo o fundador do mesmo em Camocim. Para isso, ele teve uma idéia genial, usou o esporte mais querido dos brasileiros, o futebol. Formando assim, o primeiro clube de futebol de salão chamado Lions Club de Futebol de Salão de Camocim. Sendo, também, o seu 1º técnico. Depois que o mesmo firmou o Futebol de Salão em Camocim ele mudou o nome do time para Camocim Esporte Clube que se tornou uma febre na população (torcida) da cidade dos potes. Uma máquina de fazer gols. Foram tricampeões do principal torneio chamado "Torneio 7 de Setembro". Único time que alcançou esse êxito. E por muito tempo foram os campões em vários torneios tanto em Camocim como também em municípios circunvizinhos. E todo jogo que tinha do timaço camocinense o Comercial Clube lotava. E pasmem os Senhores todos os seus filhos (homens) foram jogadores do mesmo. Eram os Siebras em ação no Futsal. O goleiro era o João, e na linha o Zezinho, Walfran, Waldy e o Beto. Ainda com o suporte de craques como: Jacques Trevia, Zeca da Dudu, Chico Macedo, Gil Wanderlei, Zé Biga, Wilmar Suetone, Brito Fuzim, Gildo, Marco Pite, Jarbas Patinha, Gustavo Mithér, Pé Louro, Tenego de Sobral e Manezim do Massapê dentre outros. Depois de tudo isso, vou chamar o Senhor José Siebra de: "Herói Social de Camocim". Pois, muitas caridades e serviços sociais foram feitos por esse grande Camocinense enquanto estava vivo entre nós. Até um bom terreno o mesmo doou para a construção de uma Escola no Bairro da Brasília. E termino esse pequeno texto biográfico com uma frase muito conhecida de Jesus Cristo: "... Pois uma árvore é conhecida pelo seu fruto". Mateus 12,33
Do blog:
Ao ler a narrativa sobre a vida do ilustre José Siebra, que não tive o privilégio de conhecê-lo, apenas por nome e justa fama, lembrei do trecho de uma música, feita por alguns amigos com a finalidade de homenagear uma eterna personalidade, que diz: "Fazer memória não é saudosismo, é torná-lo vivo em nosso meio..." Ora, nos tempos atuais, de crise de referências em todos os aspectos da vida orgânica social, nunca se fez tão necessário imortalizar as pessoas que passaram neste mundo fazendo o bem, ajudando seus semelhantes a viverem com um pouco mais de dignidade e em paz. Neste sentido, a vida destas pessoas, naturalmente marcadas pela honestidade, como a do senhor José Siebra, quando celebradas, predominantemente nos remetem à necessidade de honrá-los com atitudes que edificam o nosso convivo social, principalmente nos tempos turvos, ajudando a construir e reconstruir certezas nos momentos de dúvidas e de 'desesperanças'. Nisto, se afirma: os bons não morrem, vivem eternamente na memória e, principalmente, nas boas práticas dos que pelejam na vida!
Abraço aos Siebras!
Carlos Jardel
Fonte:Revista camocim
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