Dados foram divulgados no final da tarde desta segunda pela Defesa Civil gaúcha. Chuva causou transtornos em 56 cidades do estado.
Por G1 RS
Carros ficam parcialmente submersos devido à enchente em Panambi, uma das cidades em situação de emergência (Foto: Lahis Welter/RBS TV)
A chuva que vem atingindo parte do Rio Grande do Sul desde a semana passada segue causando transtornos no estado. De acordo com boletim divulgado no final da tarde desta segunda-feira (29) pela Defesa Civil, 12 prefeituras tiveram a situação de emergência reconhecida pelo órgão, e mais de 1,2 mil pessoas tiveram de deixar as residências.
A chuva causou transtornos em 56 cidades. As duas a terem o decreto de emergência homologado foram Boqueirão do Leão e Dom Pedrito. Ainda segundo o órgão, o estado tem 239 famílias desalojadas – que foram acolhidas em casas de amigos ou familiares – e outras 69 desabrigadas – que estão locais fornecidos pelo poder público. Conforme os cálculos da Defesa Civil, o número de pessoas afetadas é de 1.292.
Na Fronteira Oeste, uma das regiões mais afetadas, o nível do Rio Uruguai continua subindo em Uruguaiana, mas parou de subir em Itaqui e está em queda em São Borja.
A cidade com o maior número de afetados continua sendo Itaqui, na onde há 34 desabrigados e 344 desalojados. Uruguaiana, na mesma região, tem 42 desabrigados e 226 desalojados. Em São Borja, há 21 desabrigados e 76 desalojados.
Também há transtornos no Vale do Caí. São Sebastião do Caí tem 147 desalojados. No Noroeste do estado, Campo Novo tem 92 pessoas que precisam ficar em residências de amigos ou familiares.
Cidades do RS em situação de emergência:
- Tiradentes do Sul
- Campo Novo
- Três Passos
- Coronel Bicaco
- Santo Augusto
- Tenente Portela
- Panambi
- Cristal
- Sertão
- São Jerônimo
- Boqueirão do Leão
- Dom Pedrito
Entenda por que chuvas intensas atingem o Sul
No Sul do país, a chuva é provocada por frentes frias que estão com dificuldade para avançar sobre o estado em direção ao Sudeste por causa de um bloqueio atmosférico.
"É comum a formação de frentes frias, que são sistemas chuvosos que provocam queda de temperatura. Elas se formam na região do Uruguai, atravessam a Região Sul, passam por São Paulo e vão para o oceano", diz o meteorologista Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.
O que ocorre agora é que os ventos no Rio Grande do Sul estão a uma grande altitude, fazendo com que as frentes frias se desloquem mais lentamente e fiquem mais tempo atuando sobre o estado e despejem uma quantidade de chuva acima da média na região.
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