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terça-feira, 28 de março de 2017

CAI O NÚMERO DE MAMOGRAFIAS REALIZADAS NO BRASIL.

Pesquisa mostra queda acentuada do número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS)

FONTE:DN/VIDA
mamografia
Queda acentuada do número de mamografias realizadas pelo SUS preocupa pesquisadores ( Foto: Divulgação )
Pesquisadores da Sociedade Brasileira de Mastologia, em parceria com a Rede Goiana de Pesquisa em Mastologia, revelam uma queda acentuada do número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em vários estados do Brasil e em mulheres da faixa etária entre 50 e 69 anos. Os números do Distrito Federal foram os que mais surpreenderam os pesquisadores: nos últimos anos apresentaram uma curva de crescimento na cobertura mamográfica de 14,2% em 2013, e 16% em 2014; já em 2015 esse número caiu para 1,5%, situação pior do que os estados do Acre (6,1%) e Amapá (3,9%).
Isso significa que 52 mil mamografias foram realizadas em 2014, e apenas 7,6 mil foram feitas em 2015. O baixo número de exames pode ser atribuído a alguns fatores. Existem 12 mamógrafos no DF que seriam suficientes para realizar 120 mil mamografias por ano pelo SUS, caso funcionassem com técnicos e médicos radiologistas suficientes. No entanto, há carência de profissionais, que priorizam as emergências com tomografias e ressonâncias e cortam a agenda de mamografias durante o ano, ou seja, os mamógrafos ficaram praticamente parados em 2015. 

Os números de 2014 são atribuídos à terceirização de um serviço de unidades móveis, cujo contrato não foi renovado no ano seguinte. Esse serviço ajudou a aumentar o número de exames e as mulheres não precisavam de pedido médico, porém, após receber o laudo, não tinham um acompanhamento para diagnóstico e tratamento, caso fosse necessário.
Outros Fatores
O rastreamento praticamente zero ainda se depara com a situação caótica enfrentada pelas pacientes que já apresentam algum tipo de patologia. Não tem radioterapia, a fila da quimioterapia é enorme e seriam necessários hoje cerca de 28 mil exames de mamografia diagnóstica, porém o Distrito Federal só produziu 7,5 mil ao todo.
A Sociedade Brasileira de Mastologia defende um tratamento digno e rápido para mulheres com queixas mamárias e, de uma forma muito especial, para aquelas que têm suspeita ou diagnóstico de câncer e que sofrem nas filas ou por falta de acesso. Também defende o rastreamento digno para todas as mulheres, com serviço próprio para mamografias, biopsia e diagnóstico, além de um corpo clínico de profissionais específicos para trabalhar com mama. Somente desta forma será possível evitar reduzir o número de casos avançados e da mortalidade.

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