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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

CIENTISTA CEARENSE É COAUTOR DE ARTIGO SOBRE ANTIMATÉRIA NA REVISTA NATURE.

Cláudio Lenz Cesar é um dos 50 pesquisadores de projeto e estuda no 

Centro Europeu de 

Física de Partículas (Cern) o porquê de não existir mais a antimatéria primordial

O físico Cláudio Lenz César é dos pesquisadores que atuam na Colaboração Alpha (Foto: Mauri Melo)
Um novo passo foi dado para entender por que a antimatéria primordial,
 presente na criação do Universo, não existe mais. Em pesquisa com
 resultados publicados nesta segunda-feira, 19, na revista científica britânica 
Nature, o grupo de 50 cientistas da Colaboração Alpha, 
do Centro de Europeu de Física de Partículas (Cern), 
avança na comparação entre matéria e antimatéria utilizando
 lasers. O pesquisador cearense Cláudio Lenz Cesar é um dos
 quatro brasileiros da pesquisa.

O artigo intitulado “Observation of the 1S-2S transition in trapped antihydrogen”(“Observação da transição 1S-2S do anti-hidrogênio 
aprisionado”, em livre tradução) revela dados sobre a pesquisa 
que deve ser uma das mais importante do campo publicadas este ano.

Após criar o anti-hidrogênio (molécula em que, ao contrário do hidrogênio,
 o próton é negativo e o elétron é positivo), e conseguir aprisioná-lo, 
os cientistas agora conseguiram pela primeira vez a interação da partícula
 com um laser - o que permite a comparação precisa da similaridade 
ou não entre matéria e antimatéria.

“A gente conseguiu usar um laser para fazer uma medida no anti-átomo.
 É a primeira vez que se consegue interagir um laser com um anti-átomo”,
 comemora Cláudio, que é professor do Departamento de Física da 
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Feitos há 19 anos,
 os estudos reproduzem na antimatéria o que já foi feito com os átomos
 e que deu origem a Mecânica Quântica. 

“A Teoria Quântica veio para explicar, a partir da excitação do átomo, 
quais as energias necessárias para você levar o elétron de uma camada
 para outra. Agora, conseguimos fazer isso com o anti-átomo, levando 
o pósitron (como é chamado o elétron positivo) a fazer a transição de um
 estado quântico para outro”.

A partir dessas transições é possível fazer comparações se as energias
para promover as mudanças de nível quântico são similares entre átomo 
e anti-átomo, com cargas opostas. Até agora, foi feita a comparação em 
dez casas decimais entre os níveis do átomo e do anti-átomo e por enquanto 
elas estão em acordo. No ano que vem, a pesquisa irá chegar a comparação 
de 15 casas decimais.

“Nada garante que elas continuem em acordo. A Teoria da Física afirma que
 átomo e anti-átomo são semelhantes. Para ela estar correta, essas medidas
 vão dar absolutamente iguais. E nós vamos continuar sem uma explicação 
do porquê o Universo só tem matéria. Se der igual, teremos de buscar outras
 explicações. Se der diferente, a antimatéria não é igual a matéria e teríamos 
que mudar bastante a teoria atual da Física”, projeta.
 
Multimídia
Leia o artigo em http://go.nature.com/2i8Qpo8
FONTE:O POVO ONLINE/DOMITILA ANDRADE


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