Dados preliminares são da Pesquisa Origem-Destino, que está sendo desenvolvida pela Prefeitura da capital.
Fonte:Por Nicolas Paulino, G1 CE
Entregas em bicicletas e motos, em Fortaleza, incluem principalmente alimentos, medicamentos e garrafões de água — Foto: Kid Júnior/Sistema Verdes Mares
De toda a logística urbana de cargas em Fortaleza, desde quem entrega uma pizza às mega cargas que partem em direção ao Porto do Pecém, 25% das entregas e fretes são realizadas com bicicletas, e 50% com motocicletas. Os dados preliminares são da Pesquisa Origem-Destino, que está sendo desenvolvida pela Prefeitura desde fevereiro deste ano para identificar padrões de deslocamento da população da Capital.
“Estamos numa fase preliminar, então qualquer informação de agora pode mudar no futuro, mas essas são informações muito ricas para planejarmos melhor essa questão”, explica o secretário-executivo da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Luiz Alberto Sabóia. Segundo ele, as entregas em questão incluem principalmente alimentos, medicamentos e garrafões de água.
Ciclistas e motociclistas integram, junto com os pedestres, os grupos mais vulneráveis no trânsito. Em 2018, conforme o Relatório Preliminar de Vítimas Fatais no Trânsito, 103 ocupantes de veículos motorizados sobre duas rodas vieram a óbito na Capital. Na categoria dos ciclistas, foram 23 mortos.
“Sabendo onde eles estão, podemos implantar, por exemplo, travessias de pedestres em nível elevado, semáforos para pedestres, mais ciclofaixas, áreas de retenção de motocicletas nos semáforos. Existe um conjunto de instrumentos e políticas muito mais baseados em evidências”, explica Sabóia.
Os resultados parciais da Origem-Destino também indicam que cerca de 84% dos ciclistas de Fortaleza utilizam a bicicleta para se locomover ao trabalho ou a estabelecimentos de ensino, e 88% deles possuem renda que varia de um a dois salários mínimos - de R$ 998 a R$ 1.996.
Até agora, cerca de 70% dos 23 mil domicílios do escopo já foram visitados, principalmente nas Regionais III, IV e V. O levantamento chega em breve aos bairros mais centrais da cidade. A coleta deve ser encerrada em outubro, mas depende da recepção dos pesquisadores, especialmente em condomínios fechados. Os resultados devem ser conhecidos somente no primeiro semestre de 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário