Depois de passar quase um mês na UTI, a cearense Luana de Holanda Gomes, 28, teve alta e pôde ir para casa no último sábado, 2. A bancária passou 13 dias em coma após ter complicações no parto e perder o bebê devido a uma condição rara chamada coagulação intravascular disseminada. Enquanto estava no hospital, campanha feita por amigos de Luana chegou a arrecadar quase 300 bolsas de sangue para ela.
Agora, a rede de apoio segue ao lado de Luana enquanto ela busca a recuperação total.
“Eu só tenho a agradecer a todos que me ajudaram. Nunca esperei esse apoio. Se eu pudesse abraçaria cada um que orou e que doou sangue”, afirma Luana. A cearense conta que alguns amigos chegaram a passar mais de quatro horas esperando para fazer a doação da bolsa de sangue.
Com ajuda de fisioterapeutas, fonoaudiólogos e enfermeiras, ela continua o tratamento na casa em que vive com os pais. Amigos e familiares se reuniram na residência nessa quinta-feira, 7, para celebrar o aniversário de 28 anos da jovem.
Apesar de não conseguir fazer uma grande festa como planejava, a mãe de Luana, Auryleidi Barros de Holanda Gomes, expressa gratidão por todos os que compareceram. A comemoração, de acordo com ela, foi “dentro do possível”, devido às restrições médicas que a filha ainda tem. Luana não recuperou as habilidades motoras, debilitadas devido aos dias de UTI, e ainda não consegue andar, mas as expectativas para o quadro são positivas. “Ela está sendo muito forte. Todo mundo da família está envolvido no tratamento e ela está muito esforçada”, diz a mãe.
Além dos cuidados com o físico, Luana tem sido acompanhada por psicólogas para lidar com a perda do filho e com o momento de fragilidade vivido. “Ontem ela estava olhando fotos nas redes sociais de uma mulher que sempre posta o dia a dia dos filhos. Perguntei a ela se aquilo não a fazia sofrer, mas Luana disse que não. Ela sente a dor, mas acredita que tem que deixar a vida acontecer”, relata Aury. Para a mãe, a força e as orações que a filha recebeu a ajudaram a ter perspectiva.
Luana é amante do Carnaval e ritmista do bloco Unidos da Cachorra. Afastada da festa deste ano, a jovem diz que ainda acompanha as apresentações do bloco por vídeos e notícias repassadas pelas amigas que a visitam. “Não estou junto, mas meu coração está lá”, afirma. O bloco fez uma homenagem com orações para a ritmista no primeiro dia de ensaios. Mesmo com as limitações causadas pelo quadro médico, Luana ainda tem esperança de conseguir curtir o último dia de Carnaval, em março. “Vou ver se consigo ir para ficar assistindo e sentir a energia”, almeja.
Relembre o caso
No dia 3 de janeiro, Luana foi internada no Hospital e Maternidade Gastroclínica após sentir fortes dores, ânsia de vômito e falta de ar. A mulher estava grávida, quase pronta para ter seu parto realizado. Os médicos da unidade fizeram procedimentos para recuperar a respiração de Luana, mas não conseguiram salvar a criança. De acordo com a mãe, o hospital informou que Luana teria apresentado Coagulação Intravascular Disseminada, espécie de doença muito rara, cujos sintomas incluem a formação de coágulos de sangue e hemorragia em diversos locais do corpo.
Por conta da hemorragia, a jovem perdeu muito sangue e ficou em coma induzido por 13 dias. Com a campanha feita por amigos na internet, pelo menos 298 bolsas de sangue foram doadas em prol de Luana. Médicos chegaram a falar que a situação da cearense era desesperadora. A família ficou acampada no corredor da UTI do hospital, fazendo orações pela saúde de Luana.Fonte:o povo online
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