Crime faz parte de uma série de 75 ataques ocorridos no Ceará desde quarta-feira. Força Nacional de Segurança chegou ao Ceará para reforçar a segurança no estado.
Um grupo de criminosos incendiou um caminhão carregado com galinhas vivas na madrugada deste sábado (5) na cidade de Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. A proprietária do veículo informou que cerca de dois mil frangos morreram queimados. Segundo a polícia, o crime faz parte de uma série de ataques criminosos que atinge o ceará desde a noite de quarta-feira (2) e atingiu ônibus e prédios públicos, como prefeituras, delegacia e fóruns do estado.
O número de ataques criminosos chegou a 75, desde o início da onda de violência até este sábado. Ao todo, 50 pessoas foram presas , conforme a Secretaria da Segurança Pública do Ceará. Agentes da Força Nacional chegaram ao estado para reforçar a segurança após a onda de violência.
Durante o ataque ao caminhão de frangos, os criminosos ordenaram que o motorista e o ajudante deixassem o veículo. Os bandidos jogaram combustível e queimaram o veículo e toda a carga.
A proprietária do caminhão, Rosângela Freitas, disse que os frangos estavam em 300 caixas. A carga seria entregue em um estabelecimento para comercialização. Rosângela informou que ainda está contabilizando o prejuízo.
A polícia e o Corpo de Bombeiros foram acionados, mas já encontraram o caminhão totalmente em chamas. Os suspeitos fugiram.
Onda de violência
Criminosos queimaram ônibus e atacaram prédios públicos no Ceará desde a noite de quarta-feira. Uma bomba foi explodida na coluna de um viaduto na BR-020, em Caucaia, mas o equipamento passou por obras e não corre o risco de desabar. Dois idosos e um motorista de ônibus ficaram feridos em um dos ataques. Os crimes ocorreram em 24 cidades.
A Secretaria da Segurança e Defesa Social do Ceará ainda não se pronunciou sobre o motivo dos ataques no estado.
O presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará, Cláudio Justa, afirma que os atentados são represália à fala do secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque, sobre maior rigor na fiscalização dos presídios. O secretário afirmou também que "o Estado não deve reconhecer facção" em presídios.
Atualmente, os membros de facção presos no Ceará são organizados nas unidades prisionais conforme o grupo criminoso a que pertencem. O secretário afirmou que pretende acabar com essa divisão.
Fonte: G1
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