Animal patrulhava junto com PMs quando percebeu presença de criminoso. 'Cabo Bahiense' foi enterrada no Alemão, com túmulo cristão
fonte:o dia
Rio - “Morreu como a heroína que era, sempre nos protegendo. Ela evitou que um policial fosse morto”. A declaração é do comandante da Unidade de Polícia Pacificadora do Alemão, Alexandre Ramos, sobre a morte da cadela Bahiense, de 4 anos. Ela foi morta ao ser atingida por um disparo de fuzil ao defender um grupo de policiais que realizava uma ronda, no sábado, dia 21.
Mascote da base avançada da Pedra do Sapo, a cadela sempre acompanhava os policiais nas patrulhas. “Ela fazia questão de ir. Nesse dia, foi ela quem viu o cano de um fuzil e atacou o criminoso. Ele, então, fez um disparo. Logo depois, tentou atirar contra os agentes, que revidaram”, contou Ramos.
Mascote da base avançada da Pedra do Sapo, a cadela sempre acompanhava os policiais nas patrulhas. “Ela fazia questão de ir. Nesse dia, foi ela quem viu o cano de um fuzil e atacou o criminoso. Ele, então, fez um disparo. Logo depois, tentou atirar contra os agentes, que revidaram”, contou Ramos.
O suposto traficante foi baleado e socorrido. Ele portava um fuzil AK-47, que foi apreendido. A cachorrinha morreu, antes de ser socorrida.
No domingo, a Cabo Bahiense, como era conhecida, foi enterrada na base da UPP da Pedra do Sapo . “Fizemos algo compatível com as honras militares. Ou seja, com muito respeito. A enrolamos em um saco plástico preto, cavamos com cuidado um buraco. Improvisamos uma cruz de madeira. Pretendemos fazer uma lápide”, disse Ramos.
"Essa não foi a primeira vez que ela nos defendeu. Sempre latia quando bandidos se aproximavam da base e já atacou outros criminosos. Vai fazer muita falta", desabafou o comandante.
Comoção
A morte da cachorra causou comoção entre os policias militares nas redes sociais. O próprio comandante trocou sua foto de capa no Facebook por uma da cachorra.
Outro agente também declarou o seu amor ao animal. "Bahiense, nossa mascote da UPP Alemão, sempre exemplar pela sua fidelidade e companhia, nossa cãozinha amiga, sempre presente nos momentos de felicidade e horas de aflição diante dos confrontos com os vagabundos a margem da lei do complexo do Alemão. Sim, ela combateu o bom combate, encerrou a carreira, guardou a Fé! (...) Fica aqui todas as homenagens daqueles que passaram bons momentos ao seu lado", escreveu.
Cachorros de policiais baleados
A cadela Bahiense não foi a primeira a ser ferida por traficantes. Em janeiro do ano passado, um vira-lata chamado Maré Zero (código usado pelos PMs para entrar em contato por rádio com o QG da corporação) da UPP Cidade de Deus foi ferido em confronto, mas se recuperou e passa bem.
Também em 2016, na UPP Macacos, um outro cão-mascote foi baleado. Chamado Penco, ele foi ferido durante um patrulhamento com policiais. "Bandidos atiraram várias vezes na direção do animal, que ficou com uma bala alojada no pulmão e hoje e foi adotado por uma policial da própria UPP. A namorada do Penco, a Pretinha, que também acompanhava os agentes, agora tem medo e não sai mais da base", afirmou a assessoria das UPPs.
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