O Nordeste sofre com a pior estiagem dos últimos cem anos, com um período de seca que se iniciou em 2012 e que, segundo dados da Confederação Nacional dos Municípios, já afetou 33,4 milhões de pessoas. Para tentar minimizar os problemas enfrentados pela população, o governo federal autorizou o repasse de R$ 1 bilhão para obras
de acesso à água e combate à seca em todo o Brasil.
Deste total, R$ 793 milhões serão utilizados na construção de 130 mil cisternas com capacidade de armazenamento de água para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por até oito meses de estiagem.
Para o deputado Zeca Cavalcanti (PTB-PE), é preciso desenvolver políticas de convívio com a seca. O deputado é autor de projeto (PL 4175/15), que prevê ações por parte do poder público para garantir o desenvolvimento econômico das regiões onde ocorrem as secas. A proposta estabelece também ações para garantir a segurança alimentar das populações atingidas pelas longas estiagens, que são cíclicas.
“O objetivo é que sejam elaboradas políticas públicas com determinados órgãos públicos como Codevasf, Dnocs e Sudene, além de universidades, e promover a discussão de políticas públicas de convivência permanente com a seca”, afirma. Ele destaca que o fenômeno climático “vem, desaparece, volta a chover, mas depois volta com aqueles mesmos problemas”.
O deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE) alerta para o perigo de se desviar água do rio São Francisco. Para ele, seria melhor investir na interligação da Bacia do Rio Preto e Bacia do Tocantins ao Rio São Francisco, como forma de garantir que o São Francisco possa abastecer os estados do Nordeste. Ele reclama que nada tem sido feito para manter a saúde do São Francisco, fundamental para o abastecimento de água na região.
“Nada está sendo feito e até o projeto aprovado, com R$ 600 milhões no orçamento de 2016, foi transferido para retirar essa água do rio São Francisco. A seca é a maior da história e temos que providenciar alguma coisa”, afirmou.
Já o deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB) defende a conclusão das obras de transposição do rio São Francisco para minimizar os efeitos da estiagem no interior do Nordeste. O deputado diz ser necessária a adoção de um plano, principalmente no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas, que estão enfrentando uma estiagem mais severa, definida pelos meteorologistas como secas excepcionais.
Fonte: Câmara Notícias/via blog do pessoa
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