Em 2017, agentes e radares já registraram 483.139 infrações. No comparativo com o mesmo período de 2016, houve queda de 13,5%
Fonte:DN/Cidade
O número de multas registradas por radares fixos e móveis em Fortaleza nos 5 primeiros meses de 2017 é maior do que é registrado por agentes. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
Conforme as informações, até o mês de maio deste ano, os radares foram responsáveis por contabilizar 254.934 atos de infração, enquanto profissionais da AMC, Guarda Municipal e Polícia Rodoviária Estadual (PRE), incluindo os registros feitos por câmeras de monitoramento, foram responsáveis por 228.205. Juntos, equipamentos e profissionais já anotaram 483.139.
O acumulado de janeiro a maio deste ano é menor do que o mesmo período de 2016. Ainda conforme as informações obtidas por meio da LAI, ano passado ambos os dispositivos registram 558.796 multas, o que representa uma queda de 13,5%.
Para a AMC, a fiscalização efetiva, seja por meio de equipamentos eletrônicos ou agentes de trânsito, reflete significativamente na redução de acidentes. Em 2017, pela 1ª vez em quinze anos, o número de mortes registradas em Fortaleza foi abaixo de 300, segundo dados preliminares do Relatório Anual de Acidentes de Trânsito, 278 óbitos aconteceram no ano passado, cerca de 27% a menos que em 2011.
“Embora não seja tolerável aceitar nenhuma morte no trânsito, a estatística tende a diminuir ainda mais este ano, quando já se percebe um maior respeito às normas de circulação viária. O quantitativo de infrações coletadas somente por equipamentos de fiscalização eletrônica, por exemplo, diminuiu aproximadamente 27%, considerando o período de janeiro a maio de 2016 e 2017, o que significa dizer que 92.913 irregularidades deixaram de ser cometidas e vidas foram preservadas”, diz o superintendente da AMC, Arcelino Lima.
Ele comenta ainda que “a redução do número de autuações é efeito direto da fiscalização que resulta em um maior número de condutores adotando um comportamento mais seguro na direção dos veículos com maior observação das regras de circulação, contribuindo para a redução de acidentes”.
Monitorando
A Autarquia afirma que Fortaleza possui 333 pontos ativos de fiscalização eletrônica e cerca de 300 agentes monitorando o trânsito. Hoje, a principal infração a ser coibida é o excesso de velocidade, visto que apenas um equipamento metrológico é capaz de aferir, além de ser um dos principais fatores de risco de acidentes graves.
Para Arcelino Lima, tanto a fiscalização eletrônica como a realizada pelos agentes têm um único objetivo: salvar vidas. Ele reforça que as duas formas são complementares.
“Os agentes de trânsito, que também possuem outras atribuições como atendimento às ocorrências e operação, têm trabalhado em conjunto com outros órgãos em ações de fiscalização diárias com foco nos principais fatores de risco. Essa força-tarefa vem sendo intensificada nas áreas onde mais acontecem acidentes”, explica o superintendente.
Por fim, a AMC defende que a variação no número de autuações captadas pelos agentes especificamente é resultado de operações inteligentes planejadas com base em estatísticas de acidentes e também fruto de melhores condições de trabalho.
“Estamos investindo na qualificação profissional dos servidores, promovendo capacitação junto às outras instituições, sendo auxiliados por consultores que integram a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária. Melhoramos ainda a capacidade de trabalho com novas viaturas, motocicletas e recursos que otimizam o processamento de dados como o talonário eletrônico. Diariamente, os agentes atuam de forma integrada com os demais órgãos de trânsito e a Polícia para combater as infrações que tanto comprometem a vida das pessoas. Essa operação em conjunto é fundamental para um trânsito cada vez mais seguro”, diz Lima.
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