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segunda-feira, 27 de março de 2017

MAIS DE MIL CRIANÇAS ESPERAM POR CIRURGIAS PEDIÁTRICAS NO TOCANTINS.

Edição do dia 27/03/2017

Secretaria se comprometeu a operar 30 crianças por mês em Araguaína.
Isso para desafogar os hospitais da capital, que estão sobrecarregados.

Cassiano RolimPalmas, TO

Mais de mil crianças esperam por cirurgias pediátricas que já deveriam ter sido feitas pelo sistema público no Tocantins, segundo o Ministério Público. Em novembro do ano passado, uma liminar determinou que o governo do estado apresentasse um plano para resolver o problema.
A secretaria de saúde se comprometeu a operar 30 crianças por mês no Hospital Público de Araguaína, no norte do Estado. Isso para desafogar os hospitais da capital, que estão sobrecarregados, e gradativamente zerar a fila. Entretanto, uma vistoria descobriu que os pacientes continuam sendo levados para Palmas. “Falta de carga horária, falta de leito de UTI para operar, falta de materiais, falta de insumos têm inviabilizado as cirurgias pediátricas”, relata o defensor público Artur Pádua.

O governo estadual diz que só tem cirurgiões pediátricos para atender emergências. “Estamos tentando priorizar isso, abrimos um chamamento público para os profissionais, cirurgiões pediatras, que é uma das especialidades mais difíceis no Brasil de se encontrar. Vamos abrir também novamente um novo chamamento e com outras alternativas para poder suprir essa demanda, essa necessidade”, diz o secretário de Saúde do Tocantins Marcos Musafir.
João Vítor, de 10 anos, precisa de uma cirurgia no sistema urinário. Ele está na lista de espera há nove anos. “Se eu tivesse condições financeiras, eu já tinha feito. É um direito nosso ter a saúde e a gente não tem”, disse a mãe Maria Aparecida da Silva.
Já família de Maria Sofia, de um ano e meio, desistiu de esperar. A menina precisava de uma cirurgia no intestino. Com uma campanha foram arrecadados R$ 50 mil para que ela fosse operada em Brasília. “O momento que precisamos do SUS não conseguimos. É um alívio saber que minha filha vai para a escola, vai brincar, se divertir, como qualquer outra criança”, fala a mãe Maria de Jesus Barros.

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