A ponte metálica do Rio Portinho na divisa do município de Parnaíba com Luís Correia foi inaugurada em 1922, com a linha entre Luís Correia e Cocal e representa os anos áureos do transporte ferroviário no estado do Piauí.
Ponte Metálica sobre o Rio Portinho da divisa do município de Parnaíba com Luís Correia (PI) inaugurada em 1922
Ela integrou a Estrada de Ferro Central do Piauí (EFCP), construída nas primeiras décadas do século XX para servir de ponto de embarque no trecho Parnaíba-Luís Correia e pretendia servir para escoamento de mercadorias da futura instalação do Porto de Luís Correia até hoje não concluído.
Dezenas de trabalhadores da EFCP abriram caminho para o mar e auxiliaram na construção da ponte sobre o Rio Portinho, que ligava as duas cidades. Em 1974, o trecho foi desativado, permanecendo ativa por mais alguns anos apenas a linha Parnaíba-Teresina. Atualmente, a estação é parte de um espólio abandonado e encontra-se em péssimo estado de conservação.
Em 1916 a ferrovia recebeu a denominação de Estrada de Ferro Central do Piauí e foi homologado o contrato de construção com a South American Railway Company Ltd., para construí-la de Luís Correia a Teresina tendo como diretor da EFCP o engenheiro Miguel Furtado Bacelar que a concluiu em 1922.
Neste sábado, as mulheres participam da 'Noite das Solteironas', que abre a festa do padroeiro em Barbalha
FONTE:DN/REGIONAL
00:00 · 26.05.2018 por Antonio Rodrigues - Colaborador
Devota de Santo Antônio, como boa barbalhense, Socorro Luna criou 'A Noite das Solteironas' ( Fotos: Antonio Rodrigues )
Barbalha. Colocar de cabeça para baixo ou tirar o Menino Jesus do colo da imagem de Santo Antônio são algumas das simpatias praticadas por quem deseja conseguir casamento. Neste Município, no Cariri cearense, estas tradições se reinventam e se somam a outros costumes criados, muitos em função do Pau da Bandeira. Neste sábado (26), as mulheres participam da "Noite das Solteironas", que abre a festa do padroeiro da terra dos "Verdes Canaviais", colocando em prática o desejo de subir ao altar.
É impossível falar do Santo casamenteiro em Barbalha sem mencionar Socorro Luna, 64, conhecida como "a solteirona mais famosa do Brasil". Advogada e professora aposentada, ela criou a "Noite das Solteironas", em 2002, unindo as simpatias pelo padroeiro junto com o tradicional Pau da Bandeira. Tem a pinga "Xô Caritó", o pó "cata-marido" e um kit com a casca da madeira que serve de mastro, oração e uma fitinha dizendo "Santo Antônio, tens piedade de nós, as solteironas". Da casca, é feito um chá, servido gratuitamente na noite da festa para quem quer arranjar noivo.
A tradição de pegar no mastro da bandeira de Santo Antônio, que será erguido neste domingo (27), é muito antiga. "Como normalmente é uma árvore medicinal, pensei em pegar uma parte para fazer simpatia", explica Socorro. Na primeira "Noite das Solteironas", as pessoas riam. Hoje, depois do dia do hasteamento da Bandeira, é o mais popular momento da Festa.
Casamento coletivo
Neste ano, 15 casais se unirão no civil na noite deste sábado (26) e, no da 3 de junho, um grande casamento coletivo será realizado, com um desfile de carros antigos, tapete vermelho, helicóptero despejando pétalas de rosas e valsa ao som da sanfona. Um luxo oferecido às pessoas que atendem dois critérios: pediram ao Santo o casório, realizando alguma simpatia, e são pobres e não têm condições de pagar.
Mas Socorro Luna continua firme em seu desejo de permanecer solteira. Não que tenha aversão a casamento, preferiu rumos diferentes para sua vida. "O que não falta é pretendente. De todas as idades, mas sou muito feliz", garante a advogada.
Ela teve que enfrentar o desejo dos pais, José Antônio de Luna e Julia Mendes de Luna, de que casasse cedo. Aos 14 anos, sua família já queria Socorro noiva, mas ela admite que sempre "enrolou", dizendo que era muito jovem para o altar. Após terminar os estudos, aos 16, começou a dar aula, no Colégio Nossa Senhora de Fátima e ganhou seu primeiro dinheirinho. "Fui para Fortaleza conhecer o mar, era um sonho em minha vida. Não parei mais de viajar", lembra.
De geração em geração, os deliciosos fartes e queijadas seguem adoçando o paladar das pessoas Os fartes de Sobral são recheados com gengibre e castanha de caju ( Fotos: Marcelino Júnior )
Fonte:DN/Regional por Marcelino Junior - Colaborador
O forno a lenha é uma tradição de família, que confere um sabor especial às delícias preparadas sob encomenda ( Foto: Marcelino Júnior )José Roberto aprendeu os segredos dos doces portugueses com a mãe dele, que, por sua vez, bebeu os ensinamentos da neta de escravos Semires Nascimento ( Foto: Marcelino Júnior )
Sobral. É com cuidado que José Roberto de Mesquita, 50, acomoda vários doces em uma velha assadeira para levá-los ao forno a lenha. Com movimentos leves, aos poucos, a mão experiente encaixa cada guloseima no espaço reservado a ela, que vai ficando cada vez mais apertado para tanta doçura. De repente, a assadeira passa da mesa direto para o fogo, para descansar ali por cerca de 20 minutos, envolvida pelo calor das chamas que vão ajudar a transformar aqueles pequenos círculos de massa e recheio em um dos doces mais tradicionais deste Município do Norte do Ceará: a queijada.
A iguaria atravessou, não apenas o oceano, trazida pelos portugueses que se estabeleceram na região de Sobral, como também os séculos, chegando ao nosso tempo com a receita simples, passada de geração em geração. No caso de seu José Roberto, os segredos foram divididos pela mãe dele, após aprender o passo a passo e acompanhar na cozinha, por muito tempo dona Semires Nascimento, a neta de escravos que deixou com a mãe do confeiteiro seu legado, após sua morte, aos 103 anos.
Confeitaria
Em casa, Roberto Mesquita foi o único dos seis irmãos a se interessar pelo universo da culinária, acompanhando a mãe, desde muito jovem, pelas aventuras diárias entre formas, assadeiras, fogão a lenha, tradição mantida até hoje, e as muitas receitas traduzidas em gostosuras, além da queijada, como os sequilhos, o pão de ló e o bombocado, um daqueles doces que dá vontade de comer aos montes, em formato de pequeno bolo, que acompanha o café da manhã ou mesmo o lanche da tarde.
A vida difícil e a falta de oportunidades deram ao hoje orgulhoso confeiteiro, apenas duas escolhas de sobrevivência na juventude: os doces, ou seguir a profissão do pai, pedreiro que sustentou de sol a sol a família numerosa.
"Eu nem pensei duas vezes, pois, logo nos primeiros contatos, senti que tinha a tendência à cozinha. Eu achava mágica a transformação daqueles ingredientes todos em comida, em algo que nos dá sustento; e, sendo doce, então, me realizava mais ainda. E, assim como minha madrinha, a dona Semires, e minha mãe, eu também criei meus três filhos e me estabeleci na vida como confeiteiro", conta emocionado, ao mostrar a casa, construída no Mumbaba de Baixo, distrito de Masssapê, onde ele mora com a família há alguns anos. "São apenas 8 quilômetros até Sobral, onde nasci e tenho minha maior clientela", explica.
A Instituição, que teve como primeiro comandante o tenente do Exército Braseiro, Tomaz Lourenço da Silva Castro, conta atualmente com um contingente de mais de 16 mil servidores e é a única Instituição mantida pelo Estado presente em todos os municípios cearenses.
Criada no ano de 1835 pelo padre e senador José Martiniano de Alencar, pai do romancista José de Alencar, a PMCE participou de diversos episódios de repercussão nacional e internacional. O coronel João Xavier de Holanda, da reserva da PM, é especialista na história da Corporação e diz que se orgulha de fazer parte da Instituição que ele considera "gloriosa e altaneira na defesa do povo cearense".
"A PM foi convocada para a Guerra do Paraguai, esteve na Revolução de 1930, na Revolução Constitucionalista de 1932. Sempre que foram requisitados, os militares do Ceará demonstraram coragem nos combates", afirmou o coronel.
O oficial conta com orgulho o dia em que a PM enfrentou o bando de Lampião e conseguiu expulsar os cangaceiros do município de Jaguaribara, mas lembra também fatos tristes para a Corporação. "Durante a Sedição de Juazeiro, quando os seguidores de Padre Cícero se dirigiam para Fortaleza para depor o Governo, houve um confronto na Cidade de Acopiara e o comandante das tropas, J. Da Penha, foi morto. Como muitos outros policiais durante estes 180 anos, morreu tentando defender o povo do Ceará", disse Holanda.
Ainda aguarda votação no Plenário da Câmara dos Deputados, projeto que regulamenta a criação de novos municípios no País. O jornal O Povo teve acesso à lista dos distritos cearenses que podem virar municípios em breve. A criação de novas cidades estava suspensa há 22 anos.
O projeto de lei complementar (PLP) 137/15, de autoria do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), precisa do apoio de no mínimo 257 deputados.
Confira a seguir:
Adrianópolis
Distrito de Granja. Localizado a 395 km de Fortaleza e a 65,8 km de Granja. Até a Capital, de carro, o menor tempo de viagem é de 5h59min. O distrito fica a pouco mais de 19 km da divisa com o Piauí.
Almofala
A Praia de Almofala, a 190 km da Capital, é um comunidade indígena considerada último reduto dos índios Tremembé. A localidade é uma das sedes do Projeto Tamar, instalado em 1992. A iniciativa tem como objetivo proteger a vida marinha.
Aranaú
A 255,1 km de Fortaleza, Aranaú é um destino turístico praiano procurado no Ceará. No local, existe uma comunidade de pescadores que vivem e trabalham no local.
Aruaru
O distrito fica localizado em Morada Nova. Aruaru tem 9.509 habitantes e 2.746 domicílios. Deste total, 1.265 ficam em zona urbana e outros 1.481 em zona rural. O distrito fica a 129 km de Fortaleza. Uma viagem de carro duraria, em média, 1h41min. Também de carro, um litoral próximo ao distrito é Parajuru, que fica a 1h28min.
No domingo, será realizado o tradicional cortejo do Pau da Bandeira, da zona rural ao Centro de Barbalha
FONTE:DN/REGIONAL/por Antonio Rodrigues - Colaborador
Para enfeitar a cidade, 36 pessoas participaram da confecção dos adereços. Foram mais dois meses trabalhando manhã, tarde, noite e, muitas vezes, indo até o início da madrugada ( Fotos: Antônio Rodrigues )
Barbalha. Faltam pouco mais de quatro dias para o início da tradicional Festa de Santo Antônio, mas a cidade já está colorida para receber milhares de visitantes, a partir deste sábado (26), até o dia 13 de junho, data que homenageia o padroeiro. Com a autointitulada "maior festa de Santo Antônio do mundo", este Município do Cariri cearense abrirá os festejos juninos do País e pretende receber 350 mil pessoas durante todos os dias.
Na Rua do Vidéo, bandeirolas e balões estão espalhados de ponta a ponta, da Igreja Matriz até a Igreja do Rosário, com destaque para a Bandeira do Brasil, formada com a junção de cores, remetendo à proximidade da Copa do Mundo de futebol. Imagens de Santo Antônio em azulejos, faixas, bandeiras estão espalhados nas fachadas das casas.
Segundo o artista plástico Cícero José Pereira, responsável pela decoração no Centro Histórico de Barbalha, além de lembrar o Mundial de Futebol, que se aproxima, os itens deixam viva a cultura popular, na figura do Mateu, personagem do reisado que deixou o colorido da chita de lado para vestir verde e amarelo. Primeiro, foram feitas as bandeirinhas, depois os portais, em seguida, foram restaurados os bonecos gigantes criados há 20 anos. "Demos uma nova cara, fizemos Mateu pequeno, balões, peneira, abanos, balões gigantes, os estandartes até unir tudo e ficar uma harmonia junina, de cores", conta.